A face da escravidão moderna, um artigo de Wagner Moura
Publicado no portal 50 for Freedom em 28 Novembro 2016
Embaixador da Boa Vontade da OIT e estrela de “Narcos”, Wagner Moura explica porque todos devemos nos comprometer em extinguir a escravidão moderna.
“Quando se trata de escravidão moderna, temos que lutar para mudar mentes, políticas, leis, regulamentos e, acima de tudo, para mudar corações. Muitas pessoas comuns nem sabem que a escravidão ainda existe e, nesse instante, 21 milhões de pessoas no mundo são vítimas dessa prática terrível, que gera mais de US$ 150 bilhões em lucros ilegais a cada ano.
Abusados, explorados, enclausurados, eles trabalham na agricultura, em barcos de pesca, em minas e como trabalhadores domésticos, talvez até na casa ao lado da sua. Estamos também falando de tráfico de seres humanos, outro flagelo da nossa sociedade.
Uma coisa que eu aprendi é que o primeiro passo para lutar contra esta prática é chamá-la pelo seu nome: escravidão. Não tenho dúvida de que a arma mais importante que todos temos é a informação. Precisamos usá-la para lutar contra aqueles que sustentam essa monstruosa prática. Ninguém diz em voz alta que apoia a escravidão …isso é dito nas sombras.
Há um novo tratado internacional que exige que os países protejam as vítimas e lhes ajudem a ter acesso à justiça – o Protocolo sobre o Trabalho Forçado. A campanha “50 for Freedom” da Organização Internacional do Trabalho visa persuadir pelo menos 50 países a ratificarem o Protocolo até 2018.
É nosso dever não somente nos inscrevermos na campanha, mas também chegar até os governos, líderes de ONGs, formadores de opinião, legisladores, executivos de empresas, chefes de Estado, sua escola, seus vizinhos. Eu recomendo veementemente que você faça isso. Compartilhe as informações sobre a escravidão moderna e mostre a todos as múltiplas faces dessa gigantesca chaga do mundo civilizado. Estou profundamente comprometido em fazer tudo o que posso para realizá-lo. Por favor, junte-se a nós para apoiar como puder a campanha “50 for Freedom” e vamos erradicar esta prática vergonhosa de uma vez por todas.”