Nosso case Intolerâncias nas Redes foi premiado no Social Media Week São Paulo 2017, realizado na semana passada. Ficamos com o bronze, na categoria Impacto. O CQM é uma iniciativa da agência nova/sb, pioneira e especializada em comunicação de interesse público.
O case apresentou os resultados da investigação e repercussão do dossiê de Intolerâncias nas Redes, lançado em agosto do ano passado, que desmistificou a falsa cordialidade do brasileiro, analisando mais de 400 mil posts nas redes sociais. Além de mapear as intolerâncias e classificá-las pelos 10 tipos mais frequentes (aparência, classes sociais, religião, pessoas com deficiência, homofobia, misoginia, política, idade/geração, racismo, religião e xenofobia).
Premiação do Social Media Week 2017: Caio Túlio Costa, do Torabit, com Henrique Castro, Marcelo Nascimento e Lucas Quinelato do CQM.
Henrique Castro, Marcelo Nascimento e Lucas Quinelato, fazem parte da equipe do Comunica Que Muda.
“A intolerância nas redes é resultado direto de desigualdades e preconceitos sociais em geral, não é uma invenção da internet. O que ocorre é que o ambiente em rede facilita que cada um solte seus demônios, ao dar a sensação de um pretenso anonimato. O mundo virtual é, portanto, mais uma forma para que os intolerantes se manifestem e ampliem o seu alcance. Por isso quisemos jogar luz sobre o tema no ambiente em que ele mais acontece. Nós, diariamente produzimos conteúdo que melhoram o nível de informação, permite que as pessoas comecem a questionar e se questionarem”, destaca Bia Pereira, coordenadora do Comunica Que Muda na nova/sb.
Sobre o dossiê
Entre os meses de abril e junho de 2016, foram analisadas mais de 400 mil menções feitas por internautas de todo o país no Facebook, Twitter e Instagram e também em páginas de blogs e comentários de sites da internet. Com o auxílio de um software de monitoramento, o Torabit, a equipe do Comunica Que Muda classificou as menções pelos 10 tipos mais frequentes (aparência, classes sociais, religião, pessoas com deficiência, homofobia, misoginia, política, idade/geração, racismo, religião e xenofobia).
Nos dez tipos de intolerâncias mais frequentes nas redes, o percentual de abordagens negativas está acima de 84%. A negatividade nos temas que tratam de racismo e política é de 97,6% e 97,4%, respectivamente, quase empatados. Ou seja, os comentários positivos, ou neutros, sobre esses dez temas nas redes são diariamente encobertos por uma torrente de comentários negativos. Eles expressam enormes intransigências, ataques e zombarias em relação a esses assuntos ou a pessoas – sejam públicas ou não.
“Gordo, cabelo ruim, boiola, velho… Esses são alguns dos termos recorrentes nos meios digitais que revelam todo tipo de intransigência ao outro. A internet vem ajudando a derrubar o mito de que somos tolerantes às diferenças. As redes sociais amplificaram discursos existentes no cotidiano que espelham uma realidade incômoda: o Brasil lidera as estatísticas de morte na comunidade LGBT, mata muito mais negros que brancos, aparece em quinto lugar no homicídio de mulheres, e registrou aumento de 633% nos casos de xenofobia. A ideia de se debruçar sobre a intolerância como fenômeno crescente na sociedade brasileira e entender suas origens, causas e facetas surgiu após nos depararmos com casos que, dia após dia, reforçavam nossa crença de que a comunicação pode ser um agente transformador na vida das pessoas”, destaca Bob Vieira da Costa, sócio-fundador e presidente da nova/sb.
Tradição em Comunicação de Interesse Público
A nova/sb está entre as maiores agências de publicidade do País. Conta com escritórios em São Paulo, Brasília, Cuiabá e Rio de Janeiro, somando mais de 180 profissionais. É responsável pelo projeto de Interesse Público batizado de ComunicaQueMuda, que vai aprofundar a discussão sobre temas polêmicos e de grande impacto público ao longo de 2016, contando com o apoio de estudantes de todo o país. Os temas são: descriminalização da maconha, suicídio, lixo, uso do carro e intolerância. O CQM também está no Twitter, Facebook, Instagram e Pinterest. Esta ação segue tradição pioneira iniciada em 2011 pela agência de contribuir com os debates e transformações sociais.