A agência irlandesa EightyTwenty e o Conselho de Imigração da Irlanda lançaram nesta semana uma campanha no Tinder para alertar os usuários da rede social a respeito da realidade das vítimas do tráfico sexual no país. Através da criação de diversos perfis falsos a campanha mostra fotos de garotas normais e felizes. A medida que visualiza as imagens, o usuário se depara com fotos impactantes que indicam que elas estão sofrendo violências físicas e mentais devido ao tráfico. No final é mostrada a mensagem : “Suas opções são para a esquerda ou para a direita. As vítimas de tráfico sexual não tem opções. Você pode ajudar a acabar com isso agora.” Até o momento, os perfis criados contam com um enorme número de comentários de usuários que se dizem impressionados com o fato do tráfico sexual ainda ser uma realidade nos dias de hoje.
Essa é a primeira vez que a Irlanda utiliza o Tinder para campanhas dessa natureza, e uma das únicas no mundo. O Tinder tem se tornado um aplicativo muito popular no país, o que os possibilita criar uma forma de comunicação única e inovadora a respeito de um assunto tão delicado. Em uma declaração no blog da Eigthytwenty, a Chefe Executiva do Conselho De Imigração da Irlanda, Denise Charlton declarou que o Conselho está disposto a aproveitar todas as oportunidades possíveis para aumentar a conscientização desses tipos de atividades realizadas por criminosos nesse meio e mostrar o impacto nas vitimas.
A respeito do problema de tráfico sexual na Irlanda, Denise afirma que tráfico sexual é um dos crimes mais lucrativos com os montantes envolvidos muitos similares aos do tráfico de drogas e de arma, mas muitas pessoas não estão conscientes de que é uma realidade em comunidade por toda a Irlanda. Os grupos criminosos estrangeiros e nacionais por trás desse tipo de crime vêm obtendo um lucro líquido de mais de 200 milhões de euros anualmente.
Para obter mais informações sobre a campanha, acesse o site turnofftheredlight.ie/action.
Tráfico de pessoas no Brasil
O Brasil esá entre os dez países com mais vítimas do tráfico de pessoa, que envolve na maioria das vezes trabalhos sexuais forçados. A comisssão a respeito do tema na Câmara recebeu 21 denúncias e apresenta 24 propostas de mudanças nas leis vigentes, principalmente no Código Penal. “Não temos consciência da gravidade e da complexidade desse crime. É uma prática que ocorre escondida, disfarçada. O algoz se apresenta como praticando uma boa ação e isso dificulta a investigação. As pessoas não sabem que estão sendo vítimas de um crime. Um crime hediondo”, afirma o Deputado Arnaldo Jordy.
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