Na semana passada, o empresário Conde Chiquinho Scarpa disse que ia enterrar seu Bentley Continental Flying Spur, avaliado em mais de R$ 1,5 milhão no jardim de sua casa para preservá-lo. Igual faziam os faraós no Egito Antigo. “Decidi fazer como os faraós: essa semana vou enterrar meu carro favorito, o Bentley, aqui no jardim de casa! Enterrar meu tesouro no meu palácio! rs”, escreveu no Facebook, ao postar uma foto sua ao lado do carro. A história ganhou enorme repercussão no noticiário e na web. A maior parte condenando a extravagância de Scarpa. Hoje (20) foi marcada uma cerimônia para o “funeral” do carro. Momento em que ele revelou a ação criada pela Leo Burnett para a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos)
. “Absurdo é enterrar algo mais valioso que um Bentley: seus órgãos” foi o desfecho da iniciativa.
De acordo com a ABTO, cerca de 30 mil pessoas aguardam na fila de espera e, de cada 10 pessoas abordadas, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares. O Brasil ocupa o segundo lugar do mundo em número de transplantes. Porém, os números de doadores efetivos, por milhão de população, ainda são muito baixos em relação a outros países. A maior lista de espera é por um rim – 20 mil pessoas. Em segundo lugar, estão os que precisam de transplante de córnea (6 mil). Em seguida, vem fígado, com 1.300 pessoas na lista de espera, e, por último, coração e pulmão, com 200 e 170 respectivamente.