Tartarugas Ninjas contra o bullying
Você já testemunhou alguém sendo humilhado, desejou fazer algo em relação mas não fez? Se si, você não é uma exceção. Segundo uma pesquisa da Pew Research Center, 88% dos jovens já presenciaram casos de bullying nas mídias sociais e decidiram apenas ignorar. Mas como deixar de ser apenas uma testemunha silenciosa é um desafio.
Este mês, a campanha contra o bullying do Ad Council, a entidade dos EUA que faz campanhas de interesse público oficiais desde 1941, ganhou um reforço de peso: as Tartarugas Ninjas. Aproveitando a proximidade da estreia do filme As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras, prevista para junho, os quatro heróis aparecem no novo vídeo protegendo a cidade do bullying e incentivando os adolescentes a serem heróis como eles.
Emoji contra o bullying
Em 2015, a organização Ad council e a Moonbot Studios lançaram a campanha I Am a Witness (eu sou uma testemunha). A animação conta a história de um estudante chamado Jack, que tem de lidar diariamente com os valentões na escola, fora da escola e na internet. No site criado para a campanha (IWitnessBullying.org) está disponível uma versão interativa do vídeo que convida os usuários a reagirem quando Jack sofre algum tipo de agressão. O objetivo principal da campanha é anunciar a criação de um emoji especial contra o cyberbullying.
O emoji (imagem abaixo) tem dupla função: repúdio ao assédio moral e mostrar apoio às vítimas. A criação da agência Goodby, Silverstein & Partners. No iPhone, o símbolo está disponível na atualização do iOS 9.1. Também já está disponível para dispositivos Android.
A CEO da Ad Council, Lisa Sherman, descreve a iniciativa como um braço digital envolvido em torno das vítimas de cyberbullying. “Se pensarmos bem, o emoji dá aos adolescentes uma maneira de dizer alguma coisa quando eles não sabem o que dizer“. Além do emoji e do site interativo, a campanha conta com mais ações no Facebook, Instagram, Twitter e Snapchat. No youtube, a Ad council está veiculando vídeos em que estrelas do YouTube leem alguns de comentários mais maldosos que já receberam e falando sobre a importância de ser uma testemunha não-silenciosa.
A psicóloga especializada em cyberbullying, Kortney Peagram, psicóloga, admite que a ação pode ser uma porta de entrada para abrir uma nova forma de comunicação e conscientização sobre cyberbullying, mas ela faz algumas ressalvas importantes. “A base é a educação, não apenas das vítimas e dos agressores, mas também uma melhor aderência dos professores, os pais e comunidades em torno dessa questão. As empresas de mídias sociais também poderiam fazer um trabalho melhor para lidar com relatos agressivos”.
