Segurar a mão da pessoa que você ama é o gesto mais básico de afeição que existe. No entanto, em 2017, essa simples celebração ainda é difícil para muitos membros da comunidade LGBTIQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Com medo de sofrer represálias ou constrangimentos, em geral, os casais evitam demonstrações públicas de afeto. O banco ANZ (Austrália Nova Zelândia) quer convencer os casais a enfrentar o preconceito.
A ideia é, em lugar de fingir, andar de mãos dadas ou segura-las bem apertadas sempre que tiverem receio. A campanha, que inclui filme e anúncios, também tem um dispositivo eletrônico em forma de pulseira que “avisa” quando o parceiro está por perto e fica iluminada quando dão as mãos. Nas redes sociais, a campanha circula com a #holdtight.
Em seu site, o banco reforça que a iniciativa faz parte do compromisso com os valores da diversidade, inclusão e respeito, e com o apoio contínuo tanto para Sydney Gay e Lesbian Mardi Gras (o festival gay e lésbico de Sidney realizado anualmente nas terças-feiras de Carnaval e apoiado pelo banco há 11 anos), quanto o Festival de Orgulho Gay de Auckland (Big Gay Out e Pride Parade, apoiado há 8 anos).
Números
Pesquisas encomendadas pela ANZ revelaram que 52% das pessoas LGBTIQ se sentem desconfortáveis com as demonstrações pública de afeto na Austrália. E esse número é três vezes maiores que as pessoas heterossexuais (14%). Na Nova Zelândia os números são parecidos: 39% dos LGBTIQ ficam receiosos contra 18% dos heterossexuais. Nos dois países, cerca de 94% das pessoas concorda que todos, independente da sua orientação sexual ou identidade de gênero, devem se sentir confortáveis de mãos dadas em público.
O segundo filme da campanha (abaixo) é o depoimento de pessoas da equipe do banco ANZ sobre a importância de se sentir parte da sociedade, independente da sua orientação sexual ou identidade de gênero. Algo que um simples gesto público de carinho pode traduzir bem.
No Brasil
Hoje (20/2), a sorveteria Ben & Jerry’s doará toda a renda da venda de seu sorvete Chocolate Chip Cookie Dough para a Casa 1, um centro de acolhimento LGBT para pessoas que foram expulsas de seus lares por causa de sua orientação sexual.
Para marcar a iniciativa, o sorvete ganhará um novo nome: I Dough, I Dough, uma brincadeira com a expressão em inglês “I do”- que significa “eu aceito”-, em apoio a uniões homoafetivas. Todas as lojas em São Paulo e a do Barra Shopping no Rio de Janeiro participarão da iniciativa.
Com informações do site The Inspiration Room.