Recomeçar não é fácil. Especialmente para mulheres como a personagem desse filme. Mãe de dois filhos pequenos, empregada de uma indústria que está trocando os trabalhadores por máquinas (algo cada vez mais comum nos mais diversos segmentos), ela se vê demitida e quase sem perspectivas. Até que resolve se reinventar e fazer um curso na área de tecnologia.
Sem diálogos, a ação é pontuada pela canção Dream, do grupo The Cranberries: “toda a minha vida está mudando, todos os dias, de todas as maneiras possíveis”. No final, o icônico cartaz Rosie, de J. Howard Miller, símbolo do empoderamento feminino ganha um trocadilho – o pronome it (isso) vira IT, sigla em inglês para TI (tecnologia da informação).
A campanha We Can Do iT. Lançado no YouTube no dia 22, a versão de 1 minuto tem quase 1,5 milhão de visualizações e a versão de 30 segundos tem mais de 2 milhões de visualizações. A estratégia foi criada pela agência 180 LA para a Universidade de Phoenix. As outras peças trazem histórias reais onde a reorientação profissional veio a partir de uma nova formação acadêmica. É o caso do refugiado da Coréia do Norte que virou detetive de polícia, do segurança que virou TI, da desempregada que venceu o câncer e agora é empresária.
Tecnologia vs. Empregos
A inovação tecnológica está automatizando cada vez mais processos de produção. E o reflexo disso nos empregos e profissões tradicionais são inevitáveis. Segundo estudos como o produzido pelo Citibank e a Universidade de Oxford com dados do Banco Mundial, 47% dos empregos nos EUA estão ameaçados. Nos países da OCDE e na China, os índices vão a 57% e 77%, respectivamente.
O World Economic Forum também traça um quadro dramático ao estimar que 65% das crianças que cursam atualmente o ensino primário vão trabalhar no futuro em profissões que hoje ainda não existem. O Instituto Global McKinsey acredita que apenas 5% das ocupações hoje conhecidas enfrentam risco de extinção, mas adverte que a confirmação dessa projeção depende de uma acelerada adaptação dos trabalhadores.