Proteja as escolas

25/11/2016

A menina corre em pânico, num ambiente que mistura sala de aula e cenário de guerra, com soldados e armas. O filme é parte da campanha #ProtectSchools da ONG Human Rights Watch que denuncia  o uso de escolas como base militar. O objetivo é convencer os países a assinar a Declaração Escolas Seguras, um compromisso para excluir instituições de ensino de uso militar. A criação é da BETC Paris.

“Quando um exército se move em uma escola a transforma imediatamente em alvo de ataques”, diz  Bede Sheppard, vice-diretor do Human Rights Watch, em entrevista ao AdFreak.

Atualmente 26 países que enfrentam conflitos armados desde 2005 usam escolas também como base militar. Para se ter uma ideia do que isso representa, um exemplo de um país próximo. Uma pesquisa feita pela ONU revelou que na Colômbia cerca de 140 professores foram assassinados e mais de 1.000 professores receberam ameaças de morte no período 2009-2012, com ameaças crescentes em 2013. As crianças foram recrutadas da escola por grupos armados e continuou a haver relatos de forças de segurança pública utilizando as escolas para fins militares, apesar restrições legais. No Afeganistão (que assinou o compromisso), foram mais de mil ataques no período da pesquisa. O uso das escolas como bases militares põe em risco as crianças e os educadores, que viram alvo dos conflitos.

Segundo a ONG, o problema é global. Visitas de integrantes da Human Rights Watch flagraram escolas nessa situação em países da África, nas Américas, Ásia, Europa e Oriente Médio.

Saiba mais sobre a Declaração

A Declaração de Escolas Seguras foi elaborada em 2015, numa sequência de consultas em Genebra lideradas pela Noruega e pela Argentina. É um compromisso político internacional dos governos para melhor proteger os alunos em tempo de guerra. De acordo com a Human Rights Watch, 56 países já aprovaram a Declaração Escolas do Seguro e se comprometeram em preservar o ambiente escolar de conflitos armados. Entre eles, países que passam por guerra ou terrorismo como o Afeganistão, a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul.