Campanha compara obesidade com acidentes de trânsito

24/04/2015

refrigerante chocolate pirulito

O consumo desenfreado de comidas não saudáveis é uma das principais razões que explicam o fato de mais da metade da população brasileira (50,8%) sofrer atualmente com a obesidade, segundo dados do Ministério da Saúde.

Preocupada em alertar a população sobre o alarmante índice de mortalidade causado por essa doença, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo lançou uma série de peças publicitárias para mostrar que a obesidade mata mais do que acidentes de tráfego, que são responsáveis pela morte de mais de 40 mil pessoas no Brasil somente em 2014.

As peças, desenvolvidas pela agência Y&R Brasil mostram exemplos de alimentos considerados prejudiciais à saúde – como chocolate e refrigerante – sendo partidos em pedaços, em alusão aos acidentes de carros.  As imagens são seguidas pela mensagem: “Obesidade mata mais pessoas do que acidentes de trânsito. Evite-a fazendo exercícios regularmente”.

Essas peças são na verdade uma continuação de uma campanha da Santa Casa iniciada em 2014 que comparava a doença à disseminação de doenças virais como a Hepatite, Aids e Pneumonia.  A ação de 2014 desenvolveu três anúncios para mídia impressa que reproduziam imagens dessas doenças vistas através de um microscópio  onde alimentos gordurosos como calabresa, sorvete e balas substituíam os vírus e as partículas do organismo humano. No texto, as peças faziam um alerta: “A obesidade mata mais do que o vírus da AIDS, da hepatite e da pneumonia. Previna-se. Faça exercícios.”

hepatite oneumonia

De acordo com a endocrinologista da Unifesp,Maria Tereza Zanella,  é importante que se mantenha um hábito alimentar saudável desde a infância. “As crianças vivem em apartamento, jogam videogame e comem produtos industrializados. São alimentos que têm um sabor agradável e as crianças vão se acostumando, mas isso deve ser evitado”, diz ela em reportagem ao site UOL.

Um fato importante é que dados do IBGE  mostram que a prevalência de obesidade mórbida (quando o Índice de Massa Corpórea é superior a 40) é muito maior entre as mulheres. Do total de óbitos registrados entre 2001 e 2011, 64% tiveram como vítimas pessoas do sexo feminino.

Além disso, a maioria das vítimas estão na faixa etária dos 50 aos 59 anos. “Como a obesidade reduz a expectativa de vida, é esperado que os obesos sejam afetados por doenças graves mais cedo, na faixa etária dos 50 anos”, diz o endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas. Leia a reportagem completa aqui.

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