O conceito da felicidade em uma lata de refrigente

A felicidade pode estar numa garrafa ou lata de refrigerante? Pode, se depender das campanhas de publicidade que associam a bebida rica em açúcar, sódio e ácidos sem fins nutricionais à prática de esportes e bem-estar. Mas, segundo os especialistas em saúde, essa felicidade é efêmera e traz infelicidade a longo prazo. O filme acima, feito para a internet, mira na atual estratégia de comunicação da Coca-cola – a milionária campanha global Abra a Felicidade – mas pretente atingir também os outros fabricantes de refrigerante, atual vilão da epidemia de obesidade nos EUA.

O viral mostra uma família de ursos polares (mais uma referência à Coca-cola) que, afetados pelas propagandas do refrigerante Happy, vão adoecendo a medida que consomem cada vez mais refrigerantes. As cenas são pontuadas por alertas sobre os riscos que o consumo de bebidas açucaradas trazem para a saúde e pela música Sugar de Jason Mraz e Mc Flow, cuja letra diz “sugar, sugar, I wanna make you happy”. A campanha The Real Bears foi criado por Alex Bogusky para o Center of Science in the Public Interest (CSPI), uma instituição criada nos anos 70 que denuncia os abusos da indústria alimentícia no uso de produtos químicos perigosos para a saúde.

A campanha marca também o retorno de Bogusky, um dos ícones da publicidade americana que esteve à frente da prestigiada agência Crispin, Porter & Bogusky e do grupo MDC Partners até 2010. O comportamento de Bogusky, que atendeu a Coca-cola e o Burger King, não chega a ser surpreendente: em 2009 ele lançou um livro criticando a indústria do fast food, o 9 Inch Diet (veja o filme promocional abaixo).

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