Beijo de amor entre meninas, meninos, casais héteros, de todas as cores e idades. Como deve ser. No Dia Internacional do Beijo deste ano (13 de abril), a Closeup (Unilever) lançou a campanha polêmica Liberte Seu Beijo, pensada para ser um manifesto contra a intolerância. A mensagem foi bem direta: Não Julgue. Beije. Causou batante buzz no Twitter, Facebook e Instagram e duas reclamação no CONAR por “apologia ao sexo” – posteriormente arquivadas.
Apesar dos flagrantes de intolerância em alguns comentários, os resultados da estratégia, típica da comunicação de interesse público, foram bem positivos para a marca. Em apenas um mês, as imagens postadas no Instagram da Closeup, receberam 600 mil curtidas e 32 mil comentários, a maioria aprovando a campanha. No Twitter foi a marca com maior número de retweets ( 35 mil no total).
Casais reais, vítimas de preconceito, também foram convidados para participar da campanha mostrando seus beijos nas redes sociais com a #beijocloseup. A estratégia ganhou um leão de prata no Cannes Lions 2016 na categoria Saúde e Bem-estar (Health & Wellness). A criação é da agência brasileira F.Biz.
Celebrando o amor. #LoveIsLove #Nãojulguebeije #BeijoCloseup pic.twitter.com/19puoS4G6M
— Closeup (@closeupbrasil) June 2, 2016
Intolerância que mata
Uma das mais tradicionais ONGs no apoio aos LGBTs, o Grupo Gay da Bahia (GGB), o país registra uma morte a cada 28 horas. Só no ano passado, 312 gays, lésbicas e travestis foram mortos, a maioria com requintes de crueldade. O GGB, registra os casos de assassinatos da população LGBT a partir de informações publicadas em jornais e enviadas por organizações não governamentais, um homossexual é morto a cada 28 horas no Brasil. Isso significa que o número pode ser ainda maior.
Ano passado, foram 312 gays, travestis e lésbicas assassinados. O Brasil também lidera o ranking do assassinato de transexuais. Segundo relatório da ONG internacional Transgender Europe, o Brasil, entre janeiro de 2008 e abril de 2013, teve 486 mortes de transexuais. De janeiro até agora, foram 214 mortes, a maioria delas de forma violenta. Com informações da AMTPMBM.