Nasceu lona de caminhão e virou banner de propaganda. O que importa? Nas ruas de São Paulo, tapete, capa de chuva e até porta de geladeira virou peça para alertar contra a transfobia. E reforçava a autoestima: seja o que você é, seja o que você for. A ação foi reunida no filme que você vê acima.
Com ao conceito Independente de quem você nasceu, o que importa é quem você é, a campanha do grupo Pela Vidda de São Paulo foi feita para o Dia Internacional da Memória Transgênera (20/11). A ONG incentivou também o compartilhamento da hashtag #naoatransfobia. A criação é da agência Escala.
Liderança vergonhosa
O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no país, segundo pesquisa da organização não governamental (ONG) Transgender Europe (TGEU), rede europeia de organizações que apoiam os direitos da população transgênero.
Um outro levantamento, o Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, publicado em 2012 pela Secretaria de Direitos Humanos, apontou 3.084 denúncias de violações relacionadas à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros), envolvendo 4.851 vítimas. O documento foi elaborado com base nos dados do Disque Denúncia – o que indica que o número pode ser ainda maior. Foram reportadas 27,34 violações de direitos humanos de caráter homofóbico por dia. A cada dia, durante o ano de 2012, 13,29 pessoas foram vítimas de violência homofóbica. Com informações da EBC.