O melanoma é o câncer mais letal entre jovens de 15 e 30 anos na Austrália e mata, anualmente, mais de 1500 australianos. Além da genética, entre as principais causas do melanoma – que surge na pele, olhos e sistema nervoso central – destacam-se a pele clara e a exposição exagerada ao sol.
A organização Melanoma Patients Australia, em parceria com a agência Gpy&r decidiram mobilizar e engajar as principais vítimas dessa doenças no exato momento em que elas estão mais expostas a esse perigo e que os australianos amam: o banho de sol. Para atingir esse público, considerado de difícil alcance para diversas campanhas, o melanoma ganhou um perfil nas principais redes sociais através do projeto Melanoma Likes Me.
A primeira etapa foi a criação de um algoritmo que detectava as hashtags mais populares durante o verão australiano – #sunkissed, #tanned and #beachside – e imagens geolocalizadas de praias. Assim, toda vez que um usuário postava um foto desses locais utilizando uma dessas hashtags, o perfil do melanoma interagia de forma instantânea com o usuário. Além de curtir a foto, o perfil _melanoma comentava as fotos de uma forma provocadora. Por exemplo, ao postar uma foto na praia com a legenda “Dia Perfeito”, uma jovem usuária recebeu imediatamente como resposta do perfil da doença: “Perfeito para mim também”. Ao clicar sobre o perfil, o usuário pode obter mais informações sobre o melanoma, como seus sintomas e outras formas de prevenção. Veja outras interações do _melanoma.
Melanoma Likes Me saiu do Festival Cannes Lions 2015 com três Leões, nas categorias Criative Data e Promo And Activation.
Dados do melanoma, detecção e prevenção
Apesar do melanoma representar apenas 2% dos casos de câncer no mundo, ele é o tipo que causa a grande maioria das mortes pela doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, estima-se para o final de 2015, que sejam diagnosticados 5.890 novos casos de câncer de pele melanoma (2.960 em homens e 2.930 em mulheres) no Brasil. O número de casos tende a aumentar por, pelo menos, 30 anos.