Com quase 2 milhões de visualizações um dia depois de ter sido postado na página de O Globo no Facebook, o filme com a atriz Letícia Sabatella pontua uma série de simbolismos presentes no despertar das discussões sobre o suicídio que surgiram com a polêmica da Baleia Azul. Ela aponta a baleia como o símbolo do inconsciente e a cor azul numa referência direta à depressão. Mais comum nas culturas de língua inglesa, o blue designa o estado de tristeza.
A atriz recita um texto escrito por ela própria onde a baleia azul significa a consciência abarcada pela depressão. Para evitar que o sadismo de alguns continuem a explorar a vulnerabilidade, é preciso prestar atenção aos jovens.”Só o amor, a atenção, o olhar, o cuidado, podem salvar. É importante prestar mais atenção aos nossos jovens”, diz.
Em artigo publicado pelo jornal Extra, a psicóloga Ana Café apresenta os dados do Centro de Informações Toxicológicas (CIT), apresentados pela dissertação de mestrado da psiquiatra da infância e da adolescência Berenice Rheinheimer, indicando uma tendência de forte aumento nas tentativas de suicídio no universo dos oito aos 17 anos (abaixo dessa idade, os casos são automaticamente classificados como acidente). Em 2005, foram 492 episódios. Em 2013, apesar de a população da faixa etária ter recuado consideravelmente, os casos subiram para 626.
Precauções na internet
Facebook: existe um Portal para Mães e Pais que reúne dicas sobre segurança na internet e conselhos de especialistas. Existe também uma Central de Prevenção ao Bullying, desenvolvida em parceria com o Centro para Inteligência Emocional de Yale. A idade mínima para ingressar na rede social é 13 anos. Denúncias podem ser realizadas aqui.
Twitter: A empresa criou uma central de ajuda na qual é possível tirar dúvidas sobre a rede social e denunciar o seu mau uso, por exemplo. Uma das orientações é para que o adolescente bloqueie pessoas que estejam enviando a ele repetidas mensagens indesejadas. Segundo o Twitter, os pais podem ajudar a monitorar isso com seus filhos acompanhando-os enquanto navegam pela plataforma. A empresa tem formulários dedicados a denúncias de violações e afirma que os pais também podem fazer essas denúncias em nome dos filhos. A idade mínima para ingressar na plataforma é 13 anos.
Instagram: disponibiliza uma central de ajuda, e pode-se denunciar aqui os casos de crianças menores de 13 anos usando a plataforma. Se o episódio de abuso se tratar, especificamente, de um bullying virtual, a denúncia deve ser feita por aqui. Caso alguém faça uma publicação que indique automutilação ou suicídio, esta página do Instagram ensina como se deve agir. Se o perigo físico parecer imediato, é preciso ligar para 190 ou 192 ou entrar em contato com a autoridade policial local para obter ajuda. Se não se tratar de um perigo imediato, é importante denunciar o conteúdo e buscar ajuda para a pessoa com alguma instituição dedicada ao tema, como o Centro de Valorização da Vida (CVV).
WhatsApp: A empresa encoraja os seus usuários a controlarem quem eles veem no aplicativo de troca de mensagens e com quem interagem. A orientação é para que, a qualquer mensagem suspeita ou indesejada, quem enviou o conteúdo seja imediatamente bloqueado. Uma das principais orientações é para que, quando o usuário receber pelo aplicativo uma promoção, um cupom ou um jogo com um convite para clicar em um link, ele cheque antes no site da loja em questão ou no serviço de busca do Google se a oferta ou o jogo são reais. Com informações de O Globo.