Hoje (10/9) é Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e o CVV (Centro de Valorização da Vida) , em funcionamento desde1962, lançou a campanha Isso Me faz Seguir em Frente no Facebook. Por meio de cartazes que podem ser baixados diretamente da rede social, pessoas comuns dizem o que fazem para enfrentar os problemas do dia a dia com mais alegria. A instituição tem um Programa de Apoio Emocional, especializada no atendimento a pessoas em situação de desespero ou descontrole emocional, que é realizado pelo por telefone, chat, e-mil, VoIP, correspondência ou pessoalmente nos 72 postos do CVV em todo o país.
O tema ganhou grande repercussão com a notícia do suicídio do baixista Champignon (Luiz Carlos Leão Duarte Júnior) da banda Charlie Brown Jr., ocorrida ontem. Mas os indicadores são preocupantes, segundo matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens aumentou pelo menos 30% nos últimos 25 anos (confira a íntegra aqui). Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que anualmente 1 milhão de pessoas morrem em todo mundo por suicídios. No Brasil, são 26 por dia. Entretanto, 90% dos casos poderiam ser prevenidos porque são decorrentes de alguma doença que poderia ser tratada (veja mais aqui).
O problema é ainda o preconceito. O assunto é tabu e as pessoas não procuram auxílio especializado ou contam os seus problemas para amigos e família. Por isso, em Portugal, a estratégia de prevenção vai começar cedo: nas escolas, com o recém-lançado Plano Nacional de Prevenção do Suicídio. Em Singapura, a Publicis criou para a ONG Samaritans (que atua de forma similar à CVV) anúncios que lembram que é preciso olhar com cuidado para pessoas que fingem estar bem mas estão passando por momentos de confusão ou tristeza. Na campanha (veja as peças abaixo), mensagens otimistas assumem significados negativos quando vistas de cabeça para baixo. “Eu estou bem” torna-se “Salve-me”, “a vida é demais” se transforma em “Eu me odeio” e “Eu me sinto fantástico” vira “Eu estou caindo aos pedaços.” O slogan é: “Os sinais estão lá, se você lê-los. Ajude-nos a salvar uma vida, antes que seja tarde demais”, e também foi impresso de cabeça para baixo. A campanha, veiculada em junho deste ano, faz um bom trabalho de descrever a natureza sutil, muitas vezes oculta da depressão e transtornos de ansiedade.
