Impunidade marca mobilização contra abuso sexual infantil

17/05/2007

A sociedade brasileira se mobiliza contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Estão sendo veiculadas campanhas publicitários, existe um serviço disque-denúncia mantido pelo governo, o noticiário tem dado atenção ao problema. Até filme já foi feito – Anjos do Sol, de Rudi Lagemann, melhor filme no Festival de Gramado. Na contramão de todos estes esforços está a impunidade de quem pratica esse tipo de crime. A conclusão está no dossiê Quando a vítima é Criança ou Adolescente – Combater a Impunidade é garantir a Proteção entregue por parlamentares e ongs à presidente do STF, Ellen Gracie, ao Ministro da Justiça, Tarso Genro, e à imprensa. A denúncia da impunidade é a tônica da mobilização em torno do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio).

Na programação, também está o abaixo-assinado com milhares de assinaturas contra o turismo sexual, coletadas pela revista Marie Claire. Nas edições de abril e maio da revista, um anúncio de impacto criado pela nova S/B, convocou os leitores a aderirem à campanha. Também está prevista uma manifestação de 600 crianças e adolescentes. Elas ocuparão os gramados da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, e soltarão balões de gás brancos e laranjas.

No dia 18, a Polícia Rodoviária Federal apresentará a atualização do Mapeamento dos Pontos Vulneráveis a Exploração de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais. Haverá, ainda, a assinatura de um pacto envolvendo os governos federais, estaduais e municipais. O esforço conunto é para coibir a prostituição infantil na BR 163, um dos locais considerados mais críticos no país. O Ministério da Educação vai lançar, no Pará, o Programa Escola que Protege. A idéia é formar educadores para o enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. Até no Orkut, fóruns de discussão promovem campanhas e debates sobre o tema.

Por Karla Mendes