Duas crianças brincam até que a sombra de uma delas congela e em seu lugar surge uma estranha escultura. O filme da campanha Shine a Light, criada pela agência Don’t Panic para a ONG britânica Human Appeal, “passeia” pelas principais causas de mortalidade infantil pelo mundo: doenças, drogas, violência, guerra, água contaminada, poluição, fome. De acordo com a ONG, 6,3 milhões de crianças correm risco em todo o mundo.
A escultura mostrada no filme, feita pela The Arch Model Studio, traz elementos representativos de todos os obstáculos à infância. A foto de família com os pais chamuscados representa 132 milhões de órfãos em todo o mundo. As seringas e os instrumentos cirúrgicos enferrujados significam as 400 milhões de pessoas sem acesso a serviços essenciais de saúde. Os restos de comida cheios de insetos é uma referência às 3 milhões de crianças que morrem anualmente por causa da desnutrição. A torneira que goteja água suja: uma em cada nove pessoas no mundo estão sem acesso à água potável. Armas, balas e lençóis rasgados simbolizam as milhões de pessoas expulsas de suas casas por causa de conflitos. Os dados usados pela campanha são da Organização Mundial de Saúde e Unicef.
A Human Appeal, que existe há 24 anos e tem projetos em 25 países, lançou a campanha para coincidir com o mês sagrado dos islâmicos, o Ramadã e pede doações para seus projetos de combate à pobreza. Entre eles, a construção de um centro de saúde materna no distrito de Satkhira, em Bangladesh, para beneficiar 2.000 mulheres grávidas na região. A ONG já distribuiu mais de 10 milhões de quilos de farinha na Síria, nos últimos dois anos, beneficiando mais de 2,7 milhões de pessoas. E construiu uma vila segura para 100 famílias deslocadas em Aleppo na Síria, entre outras iniciativas.
Veja também:
Dez minutos podem mudar tudo
O poder das garotas
O último retrato de família
A adoção de uma criança nunca é tardia
Cartazes com gotas de sangue de verdade alertam para o preconceito contra a AIDS
Ensaio fotográfico denuncia prioridades de manchetes na mídia
Quando a demora pode ser fatal
Água agora
