Poucos sabem, mas o diabetes Tipo 1 é uma doença que pode matar em poucos dias se não for corretamente tratada. E se a doença já é séria por si só, existe um fator ainda mais agravante: a confusão com a diabetes tipo 2.
Geralmente ligada ao excesso de peso, sedentarismo e à uma mal hábito alimentar, a diabetes Tipo 2 corresponde a mais de 90% dos casos de diabetes e por isso é a mais abordada em campanhas, pela mídia e pelas pessoas em geral. Isso faz com que as pessoas associem esses sintomas à diabetes do tipo 1, de forma equivocada.
Para acabar com essa confusão que tem custado a vida de muitas pessoas, a Fundação Adam Bell produziu um filme que foca nos principais sintomas da diabete tipo 1. Com a imagem desfocada, numa referência à visão embaçada comum na doença, o vídeo de 40 segundos mostra a agonia de um jovem sofrendo com os outros sintomas, como sede em excesso, perda de peso e cansaço extremo. A dramatização do filme ajuda a transmitir a angústia e o sentimento de impotência que sintomas causam diante da incerteza do diagnóstico. Não citadas no filme, coceiras nas áreas genitais e cicatrizarão lenta de feridas também são sintomas recorrentes da diabetes tipo 1, que atinge principalmente crianças e adolescentes.
Em uma campanha online, a Fundação incentiva os internautas a compartilharem o vídeo o máximo possível com a hashtag #T1D para fazer com que cada vez mais pessoas se conscientizem desses sintomas – e das diferenças para a diabetes tipo 2 – e busquem ajuda antes que suas condições de saúde piorem a ponte de colocar suas vidas em risco.
O lançamento do vídeo marca os dez anos da morte de Adam Bell, que dá o nome à Fundação. Até então saudável e ativo, o músico de 34 anos procurou a ajuda de um médico reclamando de dores no estômago e náuseas. Apos ser diagnosticado incorretamente com uma virose, Adam morreu no dia seguinte vítima de cetoacidose, uma complicação aguda da diabete tipo 1, não diagnosticada a tempo. E para que cada vez menos casos como o de Adam ocorram, foi criada em sua homenagem a Fundação Adam Bell.
Diferenças entre diabetes tipo 1 e tipo 2
Uma das grandes diferenças entre os dois tipos de diabetes é que, enquanto a do tipo 1 é mais recorrente em crianças e jovens, a do tipo 2 costuma atingir pessoas acima de 40 anos, apesar de o número de crianças e jovens ter aumentando devido ao estilo de vida delas.
O aparecimento rápido dos sintomas é uma forte característica do diabetes tipo 1. Ela é causada pela produção baixa ou inexistente de insulina, o que faz com que a glicose se acumule na circulação sanguínea, causando hiperglicemia. Com isso, a pessoa se torna dependente de injeções diárias de insulina e de uma alimentação rigorosamente controlada.
Já não Diabetes tipo 2, em que sintomas aparecem gradativamente , o corpo consegue produzir a insulina, mas as células são resistentes à ela. Isso que impede a absorção ideal da glicose pelo organismo, gerando o aumento da taxa de glicose no sangue. Nesse caso, os pacientes não são dependentes de doses diárias de insulina e podem controlá-la com alimentação controlada, e medicamentos específicos.
Segundo dados do Ibope, o número de pessoas diabéticas no país já supera as previsões feitas há dois anos para 2030, que era de 12,7 milhões de diabéticos. Entre 2010 e 2013, o número de casos de diabetes subiu de 7,6 milhões para 13,4 milhões, sendo 90% deles de diabetes tipo 2. No mundo, o número de casos (342 milhões) poderia formar a terceira maior nação do mundo. Clique aqui para conferir a campanha “The State of Diabetes”, publicada pelo blog em dezembro de 2014.
Para conferir outras campanhas sobre diabetes que o blog já publicou, acesse aqui.