“Religião, política e futebol não se discute”. Quantas vezes já não ouvimos ou falamos isso? Mas hoje, aqui no blog, vamos falara sim sobre um delas: a religião. Afinal, nada melhor do que discutir esse assunto para ajudar a acabar com a intolerância religiosa. Esse é o foco da campanha Filhos do Brasil, do Ministério da Cultura e da Fundação Palmares.
O Brasil é reconhecidamente um país com uma rica diversidade religiosa. Católica Apostólica Romana (64,6%), evangélica (22,2%), espírita (0,3%) e Umbanda e Candomblé (0,3%), são, segundo o IBGE, são as religiões com maior representatividade no país. E mesmo após séculos convivendo com essa riqueza e diversidade, ainda assim, casos de intolerância continuam a se repetir e se espalhar pelo Brasil, impedindo que muitas pessoas pratiquem suas crenças e cultos com liberdade.
A campanha Filhos do Brasil traz uma série peças com depoimentos de artistas e religiosos sobre as diferentes crenças presentes no país. Todas as peças da campanha estão sendo veiculadas na TV e na internet, e postados no hotsite #SouFilhoDoBrasil, que está hospedado no site do Ministério da Cultura. A campanha incentiva que a população use este hotsite também para enviar seus próprios vídeos em defesa da liberdade de crença.
Intolerância religiosa ou racismo?
Na última semana, o Governo Federal também lançou a campanha #AcrediteNoRespeito, para lembrar que em muito casos, a intolerância religiosa também está atrelada a uma intolerância racial. Você sabia, por exemplo, que o samba já foi proibido no Brasil? E hoje é uma das nossas principais manifestações culturais. A criação é da Leo Burnett.
Além das peças da campanha, o hotsite sobre intolerância religiosa traz outros vídeos e depoimentos.
“A herança africana está presente na música, na culinária, e em vários costumes no nosso país. Os cultos afro-brasileiros, como a umbanda, o candomblé e tantos outros, também fazem parte da nossa herança africana, mas enfrentam o desrespeito e a intolerância em relação às suas formas de expressar a fé. Eles resultam da resistência negra à colonização e à escravização, por isso, acreditamos que a intolerância em relação a estas religiões também tem como base o racismo. Mas isso tem que acabar“, afirma o texto de um dos vídeos da campanha, que também lembra a importância de denunciar a discriminação pelo disque 100.