Oxfam denuncia desigualdade econômica

02/02/2015

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A Oxfam, entidade internacional sem fins lucrativos que luta contra a pobreza no mundo, divulgou um relatório (e uma campanha) – intitulado Even It Up – que aponta o aumento alarmante da desigualdade social mundial, que chegou a níveis extremos. O relatório detalha que o número de bilionários em todo o mundo mais do que duplicou desde a crise financeira de 2008, enquanto centenas de milhões de pessoas vivem em extrema pobreza, sem cuidados essenciais de saúde ou acesso a educação básica. Juntas, as 85 pessoas mais ricas do mundo possuem a mesma riqueza que as 3,5 bilhões de pessoas mais pobres, além de terem seus patrimônios aumentados em 668 milhões de dólares por dia entre 2013 e 2014. Além disso, sete em cada dez pessoas vivem em países onde a desigualdade só aumenta. Por fim, o relatório conclui que essa desigualdade corrompe a política e dificulta o crescimento econômico, erradicando a pobreza.

Ao divulgar esses dados, a Oxfam não tem o intuito apenas de denunciar esse problema global como procura também investigar as causas dessa crise e buscar soluções concretas que podem superá-la. Para isso, a entidade vem se baseando em estudos por todo o mundo analisando as diferentes formas que as pessoas e governos estão lidando com o problema.

A campanha Even it Up convida a sociedade a se juntar na luta pelo fim dessas desigualdades. Entre as ações propostas a Oxfam aponta opções como exigir dos governos mais gastos com saúde pública e educação para as classes mais baixas, mudança nas regras dos impostos para que os mais ricos contribuam com uma parcela justa e equivalente e exigir salários mais justos.  “A desigualdade está longe de ser um motor de crescimento econômico, e sim uma barreira para a prosperidade da maioria das pessoas no planeta”, afirma Winnie Byanyima, diretor-executivo da Oxfam internacional ao site NBR. Byanyima aponta ainda uma das principais medidas necessárias para a campanha atingir seu objetivo: tomar  medidas para reprimir a sonegação fiscal realizadas por empresas multinacionais e pelos indivíduos mais ricos do mundo.

As pessoas que se interessarem pela causa podem assinar uma petição online e acessar o site da campanha para mais informações.