Para relembrar os franceses – especialmente os jovens – que a doença ainda é uma realidade bastante presente e que ela não pode ser banalizada, a associação francesa AIDES lançou a campanha de multiplataformas, Eu, Aids. Nela, a Aids ganha um perfil nas mais populares redes sociais, como Instagram, Facebook e Tinder, e começa a interferir na vida dos outros usuários sem nenhum tipo de aviso – exatamente como acontece com a doença na vida real. Ao receberem a intrigante mensagem “AIDS está te seguindo”, milhares de usuários são avisados que “a AIDS está sempre lá, em todos os lugares, o tempo todo”.
A ONG francesa alerta que mesmo sendo responsável pela morte de mais de 32 milhões de pessoas no mundo e com o aumento considerável de casos entre os jovens em países como o Brasil e a França, a AIDS ainda parece não ser tratada nem debatida com a devida atenção. Entre a população francesa, especialmente. Cerca de 6 mil novos casos são detectados todos os anos. Número considerado bastante elevado para uma população de 66 milhões.
O vídeo divulgado na página oficial da ONG conta com a patricipação do ator francês Gaspard Proust, que empresta sua voz para a o personagem criado para a AIDS. Em um tom sombrio, a AIDS alerta: “Eu vou falar sobre mim. Não sou acostumado com isso, pois antes as pessoas falavam por mim, seja na tv ou nos jornais. Mas por alguma razão, sinto que as pessoas esqueceram de mim. Mas a questão é. Eu não esqueço delas. Eu ainda estou por aí“. Além das ações digitais, a campanha conta com spots de tv e rádio e mídia impressa com as mensagens “Faça amor, não guerra – Aids” e Eu não sou racista nem homofóbico – Aids”.
Segundo a AIDES, o principal objetivo da campanha foi atingido. Assim como a doença, a campanha viralizou e chamou a atenção nas ruas e nas redes sociais. Em pouco mais de dois meses, alcançou uma cobertura de mídia equivalente à 1,5 milhão de euros, mais de 500 mil visualizações no Youtube e mais de 800 mil tweets gerados.
Por fim, a campanha criou uma petição online para mobilizar a população francesa e mundial e mostrar solidariedade aos infectados pelo HIV. Para assinar a petiçnao, acesse aides.org.
