Estima-se que no Brasil exista cerca de 400 mil pessoas com a Doença de Parkinson. Além de todas as dificuldades motoras que essas pessoas enfrentam, são obrigadas a conviver com outro obstáculo doloroso: o preconceito. É o caso da ex-professora Sonia, afastada da sala de aula após seu diagnóstico. Ela é a protagonista de um projeto chamado #EscreverPara Lutar. A ideia é mostrar que a doença não é um empecilho para uma vida produtiva.
Criado pela Ogilvy para o laboratório Roche, o projeto teve a participação do premiado designer Niveo. Ele transformou a letra de Sonia em uma fonte tipográfica, nomeada “Sonia Script”. Outro parceiro do projeto é o programador Ivan Hods que desenvolveu o site onde as pessoas podem se engajar pela causa baixando a nova fonte, escrever uma mensagem e compartilhá-la nas redes sociais. No site também está o vídeo da campanha, em que Sonia conta um pouco mais sobre a sua história.
Pelo Instagram, diversas celebridades aderiram à campanha usando a hashtag #EscrevaParaLutar. Artistas como JulianaPaiva, Xuxa, Viviane Pasmanter e o ator Paulo José – que tem a doença – usaram suas contas para divulgar a ação posando com camisetas com a mensagem: “Doença de Parkinson. A informação é nossa aliada”.
Sonia conseguiu voltar a ensinar. Só que dessa vez, a sala de aula cabe todo mundo.
A doença
Apesar de ser mais conhecida por causar problemas motores, como a lentidão dos movimentos,instabilidade muscular rigidez e tremores, o mal de Parkinson também pode ser ser diagnosticado através de outros sintomas. Entre eles, a depressão, alteração do olfato e distúrbios de sono. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os idosos são a faixa etária mais afetada pela doença. Ela atinge pelo menos 1% da população acima dos 60 anos.