Começa com uma brincadeira postada no mural de um conhecido, um comentário sarcástico em uma foto ou um texto sedutor enviado pelo celular. Mas pode virar algo doloroso, desagradável, ou mesmo abusivo rapidamente. O que se escreve para uma pessoa na internet, especialmente nas redes sociais, pode ter consequências desastrosas. Uma brincadeira inocente pode virar bullying.
É o alerta da campanha criada para o projeto A Thin Line (linha tênue) da MTV norte-americana, lançado em março deste ano. O projeto recolhe depoimentos, oferece ajuda a vítimas e traz informações sobre sexting (enviar mensagens com fotos sensuais), cruelty (usar a internet para infernizar alguém), digital disrespect (espalhar, via internet, informações mentirosas sobre uma pessoa), spiyng (usar a internet para espionar a vida privada de outras pessoas) e constant messaging (abusar do envio de mensagens ou emails).
Atualização em 25/5/2016: o blog da campanha continua no ar e traz histórias recentes de bullying, inclusive com celebridades.
Casa Branca
O projeto foi lançado ao mesmo tempo que a conferência nacional sobre bullying convocada pelo presidente Barack Obama, no dia 10 de março de 2011. O evento reuniu cerca de 150 pais, além de especialistas, professores, administradores e membros do governo para discutir formas de prevenir o problema. Segundo estimativas do governo norte-americano, cerca de 13 milhões de crianças no país são afetadas a cada ano por este tipo de agressão. Obama disse que um dos objetivos da conferência era o de desmistificar que o bullying é um “rito de passagem inofensivo” do processo de amadurecimento. Ele confessou que também fora vítima, por causa das orelhas e do nome. A Casa Branca lançou o site Stop Bullying. No Facebook, um vídeo do casal Obama pede para as pessoas denunciarem e prevenirem o bullying pela rede social.