O cenário é animador. No Brasil, o número de doadores de medula óssea vem aumentando de forma bem significativa, com mais de 3,9 milhões de cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Isso faz com que o nosso país seja o terceiro maior banco de doadores do mundo, atrás apenas de das potências Estados Unidos (7,9 milhões) e Alemanha (6,2 milhões). Mesmo assim, a lista de espera ainda é enorme e muitos pacientes enfrentam dificuldades na hora de encontrar algum doador compatível.
Para aumentar o número de doadores voluntários, a ESPM Social, agência experimental sem fins lucrativos da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), lançou uma campanha chamada “Encontre seu Par”. O público-alvo foram os próprios alunos que experimentaram a angústia da espera ou e uma busca que parece não ter fim.
ATevê Pixel, produtora júnior da faculdade, criou um post em sua página do Facebook divulgando uma distribuição de pares de senhas iguais na porta da faculdade. Ao pegar a sua senha, o aluno tinha a missão de encontrar a pessoa que teria outra igual. Um espécie de match, termo do aplicativo de encontros Tinder. O que eles não sabiam é que, na verdade, não havia senhas iguais, impossibilitando que os participantes encontrassem seus pares. A busca incessante, obviamente, causou uma enorme ansiedade e frustração. Situação semelhante a vivida por pacientes na lista de espera de transplante.
A ação faz parte da campanha Diário de Oportunidades, realizada no início do mês, e fez sucesso nas redes sociais da universidade, com mais de 160 compartilhamentos.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a chance de se identificar um doador compatível no Brasil na fase preliminar da busca é de até 88%. No final do processo, 64% dos pacientes têm um doador compatível.