A pobreza é sexista. A sentença é o nome da nova campanha da One, uma ONG internacional dedicada ao enfrentamento da pobreza e prevenção de saúde em países pobres, especialmente na África. O filme é um mix de situações corriqueiras – a menina que quer comprar uma camiseta preta – e extremas – uma adolescente africana é trocada pela família por uma cabra. Cada cena é pontuada por uma única resposta: não.
O filme termina com um texto sobre igualdade: nenhum de nós é igual enquanto todos nós não formos iguais. Criada pela agência britânica Don’t Panic para o próximo Dia Internacional da Mulher (08/3/2017), a campanha se adianta por uma boa razão. Atualmente, existem cerca de 130 milhões de meninas estão fora da escola e a ideia é recolher o maior número possível de assinaturas para um manifesto a ser entregue a vários líderes mundiais com a expectativa de sensibilizá-los para o problema.
A adesão ao manifesto pode ser feita pelo próprio site. A entidade pede que o documento seja compartilhado também nas redes sociais para levar a ideia a mais pessoas. No momento, mais de 620 mil assinaturas virtuais já foram coletadas. Entre elas, as de 117 celebridades como o cantor Bono Vox.
Desigualdade e pobreza
Não há lugar no mundo onde as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens. De acordo com a One, as meninas sem educação têm cinco vezes mais probabilidades de se casar antes mesmo de completar 18 anos. Elas são 7% menos propensas a completar o ensino secundário do que os rapazes e têm menos chances de participar do mercado de trabalho. “A educação é vital para sair da pobreza. Cada ano adicional de escola que uma menina completa aumenta seus ganhos futuros, o que é bom para sua família, sua comunidade e seu país”, reforça a ONG no texto do seu manifesto.
