O cartaz acima é de uma icônica campanha de prevenção às drogas dos EUA, veiculada há 30 anos atrás (criação da agência BFG Communications). A comparação do cérebro com o ovo frito, no entanto, não cabe mais nos dias atuais. Especialmente quando é para educar crianças e adolescentes. Agora, a campanha ganhou uma releitura, feita pela agência Campbell Ewald para a Partnership for Drug-Free Kids. O alvo também mudou: os pais precisam saber responder às questões cada vez mais desafiadoras sobre drogas.
O site da ONG traz uma série de dicas sobre como conversar com os filhos sobre boa parte das drogas disponíveis no mercado americado. As questões vão de “você já experimentou” a “o álcool é mais prejudicial que a maconha?”. Entre os conselhos, manter a mente aberta e evitar os sermões.
Para fazer a campanha, foi feito um estudo de caso com pais e filhos. As questões levantadas no vídeo vieram de crianças reais que foram levadas a um grupo de pais que tiveram dificuldades em respondê-las de forma honesta.
O filme abaixo também faz parte da campanha é uma releitura do filme dos anos 90 sobre LSD.
Também é interessante ver como as campanhas educacionais sobre drogas foram evoluíndo. Vale a pena checar a linha do tempo das campanhas contra as drogas.
Discurso conservador não convence
Especialistas dizem que uma abordagem conservadora ou repressiva sobre drogas não surte bons efeitos. Conversas francas e explicações fundamentadas podem ser muito mais eficazes. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada em agosto pelo IBGE, mostra um aumento do consumo de álcool e drogas pelos adolescentes brasileiros. O trabalho, referente ao ano de 2015, foi realizado com estudantes do 9º ano em escolas públicas e privadas de todo o país, a maioria entre 13 e 15 anos. Os resultados mostram que o percentual de jovens que já experimentaram bebidas alcoólicas subiu de 50,3%, em 2012, para 55,5% em 2015; já a taxa dos que usaram drogas ilícitas aumentou de 7,3% para 9% no mesmo período. Com informações do Adweek e jornal O Globo.