Drogas no mundo da moda

03/11/2014

Preocupados com a glamourização das drogas no mundo da moda, treze designers, incluindo Stella McCartney, John Galliano e Andrew Fionda,  criaram o grupo Designers Against Addiction.  Eles divulgaram uma declaração condenando o termo/estilo “heroin chic” (“Heroína Chique”) e o desperdício de modelos com potencial para o vício em  drogas – muitas  usam as substâncias como válvula de escape  para a pressão que esse meio impõe a elas.

O grupo afirma que a preocupação não é somente quanto a presença de drogas no mundo da moda mas a influência que pode ser exercida em outras jovens . Um público vulnerável a este tipo de mensagem porque é “muito influenciados pela aparência e ações de membros dessa indústria”.

“Eu não acho que ninguém é chique com um braço machucado e roxo, cheio de marcas de agulha ou com o nariz sangrando devido ao uso de cocaína. O fato de que esses vícios estão sendo promovidos através da moda é bastante desagradável” critica a designer britânica  Lindka Cierach.

Parceria contra a tendência dos anos 90

A “Heroína Chic” foi uma visão da moda popularizada nos anos 90 representada por fotos com modelos usando algum tipo de droga e com aparências fragilizadas e abatidas, peles pálidas, olheiras e poses contorcidas. Tendo como marco inicial a campanha da Kate Moss para Calvin Klein, em 1993, a tendência se viu enfraquecida em 1997, após as constantes mortes por overdose de modelos e do famoso fotógrafo do ramo Vicente Gallo.

HC3

O grupo Designers Against Addiction  iniciou uma campanha em conjunto com a instituição de caridade “Action On Addiction” – que arrecada verba para pesquisas sobre o vício –  que busca convencer a indústria a começar a agir de forma mais responsável para evitar que a Heroína Chic volte como uma forte tendência ao mundo da moda.

Davis Best, que trabalha no Centro Nacional de Dependência, uma organização de pesquisa apoiada pela Action on Addiction, acredita que o uso desses tipos de imagens, com modelos com cigarros ou que aparecem usando cocaína ou heroína levam a uma maior aceitação de drogas pelo meio e pelo próprio público.

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