10/08/2016

Saúde

O sujeito faz tudo errado de propósito. Menos uma coisa.

De babaca a herói

10/08/2016

O protagonista desta campanha, Coleman Sweeney, era o maior babaca da pequena cidade onde morava. Ele fazia questão de ser desagradável e quebrar cada pequena regra. Nas cenas iniciais, ele joga garrafa no asfalto, buzina para a velhinha atravessar a faixa de pedestres mais rápido e, na lavanderia, tira a roupa de outra pessoa da máquina para usá-la. Não contente, constrange e rouba os doces de Halloween das crianças. Nem os animais escapam do seu prazer doentio de chatear quem estiver por perto. Até que ele sofre um derrame na lanchonete (após não pagar a gorjeta). E, para a surpresa de todos, Coleman fez um único gesto capaz de redimi-lo: era doador de órgãos.

Assim, de babaca a herói, salvou muitas vidas. Nos EUA há atualmente 120.000 homens, mulheres e crianças à espera de um transplante. Cerca de 8.000 das pessoas na lista de espera, cerca de 22 por dia, morrem todos os anos porque não conseguem uma doação a tempo. Ao se tornar doador de órgãos – nos EUA o aviso fica na carteira de motorista, no Brasil é preciso avisar à família – um doador pode ajudar até 50 pessoas. “Você pode viver sua vida inteira como um idiota, mas se você fez uma coisa boa, que seja doar seus órgãos. [A idéia] parecia bastante simples”, Wade Alger, o diretor criativo da The Martin Agency que fez a campanha para a ONG Donate Life.

Em entrevista ao AdWeek, Alger disse que a agência percebeu que uma das melhores maneiras de capturar a atenção dos homens jovens nos EUA seria com um pouco de humor “pesado”. Daí o título em inglês (a gente amenizou na tradução do palavrão para a versão mais leve “babaca”) The  World’s Biggest Asshole.  Em cinco dias de YouTube, o filme já contava mais de 1,2 milhão de visualizações.

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Relação pessoal

A The Martin Agency começou a se envolver com a Donate Life, uma organização que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a doação de órgãos, por intermédio do diretor executivo de gerenciamento de contas, Chris Mumford. Ele desenvolveu um relacionamento pessoal com a organização em 2008, depois de seu irmão sofrer um ataque cardíaco fulminante.

“Depois de alguns meses em um coração artificial, meu irmão recebeu um transplante de coração. Infelizmente, ele morreu inesperadamente logo após seu transplante. Mas lhe proporcionou uma sobrevida de seis meses. Estamos eternamente gratos pela oportunidade que nos foi dada por seu doador “, disse Mumford.