Na última quarta-feira (05/4), foi publicada pelo The Lancet uma nova pesquisa, realizada em 195 países, que mostra o declínio do tabagismo em vários países e a letalidade que ele continua a causar. O Brasil foi destaque no estudo e considerado “notável história de sucesso” por conta das iniciativas que levaram o país à terceira colocação no ranking mundial em redução do tabagismo. E a gente tem tudo a ver com isso.
De acordo com o estudo, o “Brasil realizou essa redução através de uma combinação de políticas de controle do tabagismo que começou com restrições publicitárias e proibições de fumar em alguns lugares públicos”. Essa história se funde à trajetória profissional do criador deste blog, pioneiro da Comunicação de Interesse Público no país, e sócio-fundador e presidente da agência nova/sb, Bob Vieira da Costa.
À frente da chefia de Comunicação do Ministério da Saúde no final dos anos 90 e no início dos anos 2000 como ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Bob foi um dos protagonistas na restrição da publicidade do cigarro, no fim dos patrocínios de eventos culturais e esportivos pela indústria do tabaco, pela restrição de fumo em ambientes fechados e também com a inclusão de fotografias sobre os maleficios do tabaco nos maços de cigarro. As políticas abrangentes foram complementados com intervenções fiscais que incluíram aumento de impostos e estabelecimento de preços mínimos para os produtos do tabaco.
Já fora do governo, nos primeiros anos da agência nova/sb, Bob Vieira da Costa conquistou a conta da Organização Mundial de Saúde em 2008. Foi a primeira agência brasileira convidada para fazer uma campanha mundial para a OMS. A campanha Break The Net foi veiculada em cerca de 200 países, em vários idiomas, mostrando que era preciso se livrar da teia do marketing da indústria do tabaco que busca envolver um target cada vez mais jovem (veja mais clicando na imagem abaixo).
http://www.novasb.com.br/trabalho/jovens-sem-cigarro/
Fumar não é moda, é vício foi a segunda campanha mundial que a nova/sb fez para a OMS e mostrava que a falsa glamourização do cigarro busca atrair o público feminino usando a indústria da moda e do entretenimento(veja mais clicando na imagem abaixo) .
http://www.novasb.com.br/trabalho/fumar-nao-e-moda/
Em 2016, outra campanha mundial para estimular cerca de 200 países a adotar a padronização dos maços de cigarro com alertas e imagens das doenças que o produto causa, entre as medidas que podem vencer o tabagismo e reduzir significativamente os problemas que vão de câncer a mal-formação de fetos (veja mais clicando na imagem abaixo) .
http://www.novasb.com.br/trabalho/world-no-tobacco-day-2016/
Mas nem só de campanhas a ação contra o tabaco acontece. A nova/sb também foi pioneira em mostrar como a indústria do cigarro vem enganando as pessoas ao longo das décadas usando a propaganda. E em 2009 trouxe para o país a exposição (veja mais clicando na imagem abaixo) concebida pelos médicos Robert K. Jackler e Robert N. Proctor, professores da Universidade de Stanford (EUA). A exposição traça um paralelo entre as descobertas científicas sobre os malefícios do tabaco e como a indústria usou a propaganda para neutralizar ou minimizar essas informações. A mostra foi exibida em vários estados americanos e foi doada para o acervo do Smithsonian Institution – complexo de museus americanos. No Brasil e foi exibida em várias cidades brasileiras, incluindo Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
http://www.novasb.com.br/inovacao/exposicao-propagandas-de-cigarro/