18/05/2016

Transgêneros

Uma campanha contra as leis que tentam limitar direitos.

Conheça meu filho

18/05/2016

Em tempos em que a discussão sobre a diversidade de identidades de gênero só aumenta,  alguns políticos em 20 estados americanos estão tentando tornar a vida da comunidade LGBT ainda mais difícil. Em especial, a dos transgêneros. Atualmente, existem mais de 50 projetos de lei discriminatórios que tentam limitar os direitos dos mais de 350 mil transgêneros no país. Na Carolina do Norte, uma lei aprovada em março deste ano estabelece que os transgêneros do estado não devem usar o banheiro de acordo com a sua identidade e sim com o seu gênero de nascimento.

Para combater o preconceito e denunciar os ataques aos transgêneros, a ONG Trans United Fund lançou uma campanha nacional focada na luta diária dos que assumem esta identidade de gênero e suas famílias. O filme “Meet My Child” traz a perspectiva de três mães que apoiam seus jovens filhos transgêneros. Elas relatam a confusão inicial para entender o que acontecia com seu filho e a preocupação com  o ódio e a intolerância que têm de enfrentar.

As mães da campanha também enviam uma mensagem diretamente para os políticos, questionando as leis anti-LGBT. “Não há necessidade para esse medo. Eles são os seus vizinhos, são os seus amigos, são o seu colega de trabalho. No meu caso, ela é minha filha“, diz uma das mães. Em menos de 48 horas, 1,5 milhões de usuários do Facebook assistiram ao vídeo.

“Por muito tempo, as vozes dos agressores que amedrontam e demonizam a nossa comunidade têm sido as mais altas. A Trans United Fund foi fundada com a convicção de que nada é mais transformador do que as pessoas trans e suas famílias que compartilham suas vidas com autenticidade”, diz o grupo político em uma comunicado oficial. A ONG diz ainda que as relações pessoais são fundamentais para apoiar os direitos dos transgêneros, mas apenas 9% dos americanos têm uma estreita relação pessoal com alguém com esta identidade.

Retrocesso à vista também no Brasil

Deputados do PSDB, PRB, PV, PR, PHS, PSC, PROS, DEM e PSB assinam o projeto de decreto 395/2016 defende a suspensão do direito concedido a travestis e transexuais que trabalham no serviço público federal de utilizarem o nome social em seus crachás e documentos oficiais. A proposta é de autoria de João Campos (PRB/GO), um dos líderes da bancada evangélica e também autor da proposta de Emenda Constitucional que permitiria às entidades religiosas contestar a constitucionalidade das leis diante do Supremo Tribunal Federal (STF).

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