A campanha do vídeo acima vem do Azerbaidjão, país que possui as mais altas taxas de recém-nascidos portadores da Thalassemia, doença hereditária que desencadeia vários graus de anemia. E por isso, essas crianças precisam de transfusões de sangue regularmente e os hospitais e banco de sangue não possuem estoque suficiente. A agência russa Y&R, junto com a telefônica NAR Mobile do Azerbaidjão desenvolveram uma espécie de bracelete, o Donor Cable. Com ele as pessoas poderiam compartilham a carga do celular, ou seja, quem tem o celular com a bateria com maior carga, doa a sua carga para a bateria de outra pessoa enquanto são sensibilizados para as doações de sangue.
Para a ação foi criado também um aplicativo de celular e por ele é possível encontrar doadores de carga mais próximos. Os braceletes foram distribuídos gratuitamente para quem comprasse aparelhos telefônicos com o sistema Android nas lojas da NAR Mobile. A empresa montou uma estrutura onde quem quisesse, podia doar na própria loja. Com a iniciativa, as doações de sangue no país aumentaram em 335%.
A estratégia de usar carregadores, entretanto, surgiu antes no Brasil. Em 2013, foi lançada uma campanha muito parecida, feita pela Leo Burnett de São Paulo que tinha o mesmo nome (veja vídeos abaixo). Diferente da campanha do Azerbaidjão, a campanha brasileira não tem braceletes e os “cable donors” ficavam em uma cadeia de restaurantes ou no próprio banco de sangue.
Outra campanha parecida foi a campanha lançada recentemente pela Fundação Pró-Sangue (imagem abaixo) criada pela agência Publicis, que utilizou uma mídia out of home para aumentar as doações de sangue. A ação prometeu espalhar carregadores por diversos pontos de São Paulo como no abrigo de ônibus perto da Fundação Pró-Sangue. As peças mostram um braço esticado do qual sai um fio vermelho, imitando uma doação de sangue, mas é um cabo para carregar o celular. O texto diz: “se você precisar, estamos aqui. Por que não retribuir o favor? Nós precisamos de sangue”.