Banir anúncios de fast food reduziria obesidade infantil

24/11/2008

De acordo com um estudo norte-americano se os anúncios de fast-food fossem banidos da TV, o número de crianças de 3 a 11 anos acima do peso seria reduzido em 18%. O de adolescentes de 12 a 18 com o mesmo problema também sofreria queda, de 14%. Os autores são pesquisadores do National Bureau of Economic Research. Ao cruzar dados sobre o perfil socio-econômico e hábitos das famílias americanas, notaram que àquelas com mais crianças obesas eram as que mais assistiam TV no horário onde eram veiculadas campanhas de fast foods. Cálculos estatísticos levaram em conta outras influências, como renda, o número de restaurantes de fast-food na vizinhança e a possibilidade de algumas crianças já estarem obesas independentemente de seus hábitos relativos a ver TV. A íntegra da pesquisa pode ser baixada aqui. No Brasil, um estudo divulgado no ano passado com 816 famílias que têm filhos de 7 a 14 anos relacionou a obesidade das crianças à quantidade de propaganda de alimentos ricos em gordura, açúcar, sal e óleo exibidas na televisão. Feita na USP de Ribeirão Preto, a pesquisa mostrou que cerca de 27% da propaganda exibida era de alimentos. Desse total, 57% vendia produtos como refrigerantes, achocolatados, bolachas recheadas e salgadinhos. Das crianças avaliadas, 24% tinham sobrepeso ou obesidade, e a maioria comia muitos alimentos gordurosos ou cheios de açúcar. Com informações da Folha de S. Paulo e do Chicago Journals. A imagem que ilustra esta nota é da campanha contra a obesidade infantil da novaS/B, veiculada em março do ano passado.