“O que eu digo para a minha filha? Eu digo que um avô vale mais que uma avó? Que um pai mais que uma mãe? Conto que, mesmo bem formada, talentosa, inteligente, será menos valorizada que qualquer homem que conhecerá? Ou será que talvez eu consiga dizer a ela algo diferente?”, pergunta o narrador enquanto vê a filha vencer uma corrida de kart.
O comercial da Audi veiculado durante o Super Bowl termina com a mensagem institucional reforçando a mensagem que a empresa está comprometida com a igualdade de gênero: remuneração igual para homens e mulheres que exercem funções iguais. No YouTube, o filme já acumula mais de 10,7 milhões de visualizações e 2,5 milhões no Facebook. A criação é da agência Venables Bell & Partners.
No ano passado, a Audi assinou na Casa Branca um compromisso formal pela igualdade de gênero no mercado de trabalho. Nos EUA, de acordo com um relatório oficial do U.S. Congress Joint Economic Committee, as mulheres recebem 21% menos que os homens para fazer o mesmo trabalho.
Polêmica
Como na internet não basta falar bonito, junto com a viralização da campanha vieram as críticas sobre a suposta hipocrisia da empresa. É que não passou despercebido que a equipe executiva da empresa nos EUA tem 14 membros, composto por 12 homens e duas mulheres. A enxurrada de comentários negativos e pedidos de explicações vêm sendo respondidos um a um pela empresa. E tem “postado” o link para site onde afirma que em 2017, continuará “as práticas para garantir a igualdade de remuneração por trabalho igual para todos os funcionários através de análises abrangentes em toda a empresa e também nos comprometemos a colocar estratégias agressivas de contratação e desenvolvimento para aumentar o número de mulheres na nossa força de trabalho, em todos os níveis”.
Citando dados da Rede Insights, o Wall Street Journal relatou que 25% dos comentários sobre o anúncio em plataformas sociais foram negativos, 13% foram positivos e o resto neutro.