As crianças de Aleppo

15/12/2016

Nas últimas semanas, os bombardeios se intensificaram ainda mais na cidade síria de Aleppo e os moradores que ainda não conseguiram fugir estão usando as redes sociais para pedir socorro. Nas imagens acima, da BBC e compartilhada pela página Quebrando Tabu, eles pedem socorro. Desde setembro, Fatemah al-Abed e sua filha, Bana, de 7 anos, têm usado o Twitter para documentar como é a vida dentro das Aleppo sitiada.

Ela chegou a ser mencionada pela autora J. K. Rowling após revelar que gostava dos livros de Harry Potter.

Num tweet ontem, Fatemah pergunta porque o mundo não ajuda.

Atualização em 20/12/2016: Os ônibus de socorro humanitário conseguiram entrar em Aleppo e retirar os civis. Até agora, 3 mil pessoas foram evacuadas das cidade em uma semana. Inclusive Bana e sua família. Mas os refugiados continuam a precisar de ajuda.

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Como ajudar

E surge a grande questão, como as pessoas comum podem ajudar? A gente traz duas campanhas que dão uma ideia: organismos internacionais como Cruz Vermelha, Anistia Internacional, Aldeias SOS, Unicef,  White Helmets, entre outras, desenvolvem uma série de projetos humanitários para a ajudar a população síria e os refugiados.

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A campanha da Anistia Internacional do Reino Unido, ativistas sírios e a Lamba Digital criaram uma experiência em realidade virtual impressionante para mostrar os efeitos do bombardeio do governo sírio em seu próprio país. A experiência pode ser acessada pelo site 360Syria.com. O objetivo é despertar empatia e conseguir ajuda para a população síria.

A Aldeias SOS dos Estados Unidos foi um pouco mais emocional, usando selfie de crianças reais e seus depoimentos para conseguir mais doações para projetos humanitários na região.

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“Fiquei tão triste quando tive que mudar e vir para esta nova área. Não conheço ninguém e perdi meus amigos. Agora, eu tenho outros amigos que brincam comigo perto da minha casa. Nós vamos para um centro comunitário e desenhamos, colorimos, vemos filmes e jogamos.”- Fatima, 8 anos.

 

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“Meu sonho é ver meu irmão Ahmed de novo. Ele não pode fugir conosco quando nossa vila foi atacada enquanto estava na casa do meu avô. Às vezes eu jogo futebol aqui no quintal mas acho que jogaria melhor se o Ahmed estivesse aqui conosco.” – Sami, 12 anos.

 

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“Estou esperando pelo dia que a guerra acabará para que eu possa ir para casa e andar na minha bicicleta de novo.” – Yamen, 12 anos.

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“Na minha antiga casa, eu adorava fazer tenda com os travesseiros e lençóis.. Desde que nos mudamos, a família inteira mora em apenas um quarto. Eu não brinco mais da minha brincadeira favorita porque não temos mais travesseiros e lençóis e o quarto é muito pequeno.” – Hanin, 10 anos.

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“Eu espero em Deus que a guerra termine logo. Eu quero ir para meu quarto na minha casa antiga e meu ursinho preferido. Eu o deixei para trás porque saímos rápido de casa quando a bomba caiu no nosso prédio.” – Noura, 7 anos.