O anúncio acima, veiculado em vários jornais na sexta-feira passada, mostra que os investimentos em sustentabilidade agregam valor à marca e fazem muito bem aos negócios. A Sadia é a primeira empresa do setor agrícola no mundo a obter registro da Organização das Nações Unidas (ONU) para um Programa de Atividades (PoA) voltado para a captação de gases do efeito estufa. Com o registro, a Sadia passa a poder coletar e armazenar os dados dos sistemas de monitoramento instalados nas granjas de suínos. Com isso, os créditos de carbono gerados pelo Programa Suinocultura Sustentável Sadia (Programa 3S) começam a ser computados para serem posteriormente vendidos. A expectativa da Sadia é gerar a cada ano o equivalente a 600 mil toneladas de CO2. Iniciado em 2005, o Programa 3S foi criado com o objetivo de promover a sustentabilidade entre os mais de 3,5 mil produtores de suínos integrados da Sadia de acordo com princípios ambientais (preservação dos recursos naturais), econômicos (maior retorno do capital para o investidor e aumento nos lucros do empreendedor) e sociais (cidadania e geração de empregos). A diminuição da emissão de poluentes ocorre por meio da instalação de biogestores nas granjas onde os dejetos de suínos são fermentados por bactérias em tanques cobertos, evitando a emissão de metano. O sequestro destes gases causadores do efeito estufa é revertido em créditos de carbono, que podem ser negociados no mercado externo com interessados em se adequar ao Protocolo de Kyoto.