Toda vez que você fica com preguiça de colocar algo no lixo, por exemplo, as bitucas de cigarro, ele pode parar no mar. A campanha da Fundação Oceano Azul e do Oceanário de Lisboa, alerta para o enorme problema com uma mensagem simples: “O que não acaba no lixo acaba no mar”. A criação é da agência Torke CC.
Os filmes retratam os três maiores vilões do lixo marinho da costa portuguesa: bituca de cigarro, cotonetes e embalagens de alimento. Ficou surpreso com o cotonete? É que tem gente que joga na privada e não no lixo. O sistema de esgoto não consegue retê-lo, que vai direto para o oceano.
“As mensagens da campanha são claras: se nada fizermos, o lixo no oceano continuará a matar milhares de animais marinhos todos os anos. Se nada fizermos, haverá no mar mais plástico do que peixes daqui a 30 anos”, declara no release sobre a campanha o CEO da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha.
Os estão sendo divulgados na TV, YouTube, Facebook e Instagram com a hashtag #oceanoazul.
Sem controle
O peixe come microplásticos por causa de seu odor. Acima, detritos encontrados no estômago de um peixe em Portugal. Fotografia: Paulo Oliveira / Alamy
Não é bem por acaso. Cientistas descobriram que os peixes podem estar buscando ativamente detritos plásticos nos oceanos, pois as pequenas peças parecem cheirar de forma semelhante às suas presas naturais. É que os resíduos acabam por ganhar uma cobertura de material biológico, tais como algas, que imita o cheiro da comida, de acordo com o estudo publicado esta semana na revista Proceedings of Royal Society B.
Em testes feitos com anchovas capturadas de forma selvagem com detritos plásticos retirados dos oceanos e com peças limpas de plástico que nunca estiveram no oceano, os peixes responderam aos odores dos detritos oceânicos da mesma maneira que os odores dos alimentos que procuram.
Os cientistas disseram que esta foi a primeira prova comportamental de que a assinatura química de detritos plásticos era atraente para um organismo marinho e reforça outros trabalhos sugerindo que o odor poderia ser significante. Com informações do The Guardian.