Em sua nova campanha, a Associação de Defesa da Saúde do Fumante (Adesf) reuniu duas gerações nas redes sociais para abordar os problemas relacionados ao tabagismo, especialmente o aumento em 40% das chances de câncer na garganta. Ao pesquisar sobre o assunto, agência Neogama/BBH identificou um grande número de jovens que usam as redes sociais para se gabar da sua relação de prazer com o cigarro. Mas nessa busca por uma auto afirmação ele esquecem ou ignoram as possíveis consequências nocivas deste vício, seja a curto ou a longo prazo.
Para alertar esses novos fumantes sobre os perigos do cigarro, a campanha A Voz do cigarro teve início na busca de palavras-chaves no Twitter para encontrar tuítes que fizessem apologia ao cigarro. Em um segundo momento, ex-fumantes idosos, que retiraram toda a laringe em função de um câncer de garganta – foram convidados a ler as mensagens e retuita-las de um forma bem diferente e chocante.
Com o auxílio de uma laringe eletrônica – aparelho movida à bateria que auxilia na fala dessas pessoas – eles gravaram 20 à 30 das frases postadas na rede social para chocar e mostrar uma das diversas sequelas graves que o câncer de garganta pode deixar: a incapacidade ou a dificuldade de falar. “Apesar de eu ter parado de fumar ha um certo tempo, as consequências vieram bem depois. Portanto é melhor nem começar”, alerta o empresário Walter Vizzone, no site oficial da campanha. O comerciante Joao Fernandes lamenta: “O cigarro me tirou o que mais amava: poder falar”.
A ação vem ocorrendo desde a última quinta-feira e está programada para continuar em fevereiro com novas gravações. Segundo um dos redatores da campanha, após o início da ação a agência já recebeu mensagens de dezenas de pessoas pedindo ajudar para parar de fumar ou sinalizando que pretendem refletir sobre o vício.
No site www.avozdocigarro.org é possível obter mais informações sobre a campanha que, nas redes sociais, podem ser acompanhada com as hashtags #avozdocigarro ou #smokingvoices. Nele também estão disponíveis 12 dicas para abandonar o vício.
Quando Fumar Não Mata.
Em agosto de 2015, o blog publicou uma campanha que utilizou uma abordagem semelhante à “Voz do cigarro”. A Secretaria de Saúde do Estado do Paraná aproveitou Dia Nacional do Combate ao Fumo (29 de Agosto) para contar a história do professor universitário João Candido, em sua nova campanha antitabagismo Quando Fumar Não Mata. Ao se passar por um vendedor d euma banca de jornal, João surpreendeu clientes que compravam cigarros ao contar sua história com o auxílio de uma laringe eletrônica. Veja o post na íntegra aqui.