“Acreditamos na simples idéia de que não importa quem você é, de onde você é, quem você ama ou quem você adora, você merece fazer parte. O mundo fica mais belo quando você aceita (o outro). Nós aceitamos.”
A Airbnb botou o dedo na ferida da xenofobia com uma campanha emocional, no caro intervalo do Super Bowl, para divulgar o seu novo lema: “nós acreditamos em um mundo ao qual todos podem fazer parte”. E foi além. Todas as pessoas que participam do comercial são empregados da empresa de tecnologia, uma das maiores do planeta. Em menos de um dia, o vídeo foi visualizado mais de 3 milhões de vezes no canal da empresa no YouTube.
A Airbnb comprou, de última hora, o espaço – o custo de cada intervalo de 30 segundos é de US$ 5 milhões – para reforçar que a tolerância e a diversidade são valores importantes da marca. Em geral, as propagandas do intervalo no jogo da final do campeonato do futebol americano são planejadas com bastante antecedência mas, neste caso, o ambiente político – como a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impedir a entrada nos EUA de pessoas de sete países – foi determinante para a decisão tomada na última hora, de acordo com o próprio co-fundador e CEO da Airbnb, Brian Chesky.
Thursday morning we bought a 30 second Super Bowl spot. Thursday night we made the film – people in it were Airbnb employees.
— Brian Chesky (@bchesky) 6 de fevereiro de 2017
Refugiados
No site da empresa, um compromisso de ajudar os refugiados. “Todas as pessoas merecem ser acolhidas. No entanto, para muitas pessoas isso é uma necessidade urgente. Nosso objetivo para os próximos 5 anos é de garantir que 100.000 tenham acesso a moradia de curta duração durante tempos de crise. Por favor, junte-se a nós.” Quando Trump assinou a medida banindo pessoas e revogando vistos, a Airbn foi uma das primeiras empresas a se posicionar oficialmente contra a medida e oferecer estadia de graça para todos que foram impedidos de entrar nos EUA.
No mundo da propaganda, o que acontece no intervalo do Super Bowl (o jogo de final de campeonato do futebol americano) determina tendências para o mercado. Se isto se confirmar, o presidente eleito dos EUA pode ter pela frente críticas não só o noticiário mas no intervalo comercial de seus programas preferidos.
