Canudo, pneu, garrafinha se transformam em armas mortais quando vão parar na água. A campanha da prefeitura da cidade argentina Vincente López alerta para a poluição no Rio da Prata, cuja bacia hidrográfica banha também o Uruguai e o Brasil. A criação é da agência Don, de Buenos Aires. O slogan é : “Debajo del agua el daño es mayor” (debaixo d’água o dano é maior).
Anualmente, mais de 55 milhões de m³ de sedimentos, proveniente das províncias do norte da Argentina e dos estados da região sul do Brasil, são arrastados ao rio da Prata, o estuário formado pelo desague das águas dos rios Paraná e Uruguai no Atlântico.
Poluição no Tietê assusta
Foto: Anderson Oliveira/Prefeitura de Salto
Toneladas de lixo, desta vez acompanhadas por grossas camadas de espuma poluída, voltaram a ser empurradas pelo Rio Tietê para as ruas centrais de Salto, no interior de São Paulo. Na manhã desta quarta-feira, 7, o nível do rio havia subido dois metros, com a vazão de 400 metros cúbicos por segundo para 500 m³/s.
De acordo com a prefeitura, além do lixo trazido pelas águas desde a região metropolitana de São Paulo, os moradores são incomodados pela espuma gerada por produtos químicos e detergentes despejados na água. Há uma semana, a prefeitura já havia retirado 30 toneladas de lixo que se acumulara nas pedras do Complexo da Cachoeira e do Parque das Lavras, ponto turístico da cidade. Agora, os locais voltaram a acumular, além do lixo, grandes blocos de espuma tóxica.
Na praia
Nas praias do Rio de Janeiro, são recolhidas cerca de 150 toneladas de lixo nas praias em uma semana, no período do verão. Uma parte desses resíduos – incluindo muitas garrafas de plástico – acaba indo para os oceanos. Confira nessa matéria do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
Nessa semana a ONU realiza a Conferência sobre os Oceanos, para apoiar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14: conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.