Na arena um velociraptor e um toureiro se “enfrentam”. Nada justo para o animal que é provocado e esfaqueado até que se canse. A ação termina com a morte brutal do bicho, com um golpe fatal na cabeça. A analogia é clara: a campanha é contra as touradas, prática primitiva que parece pertencer a outra era – jurássica – ainda comum em vários países.
Você não acha que essa prática pertence a outra era? O texto que também dá nome à peça criada pela BETC Paris para a a FLAC (Fédération des Luttes pour l’Abolition des Corridas). Corrida (de touros) é o nome dado às touradas no sul da França e na Espanha, onde ainda se pratica como se fosse um esporte. O filme, em inglês, postado no final de abril no Facebook já tem cerca de 7 milhões de visualizações e no YouTube tem mais de 500 mil. Foram feitas versões também em francês e espanhol
Além de dar às pessoas um ideia de como são brutais e primitiva as touradas, o vídeo procura convencer a população a assinar uma petição para proibir a prática no sul da França, numa parceria entre a FLAC e a ONG 30 Millions d’Amis. Até agora, foram reunidas 22.521 assinaturas. A meta é chegar a 100 mil assinaturas.
De acordo com o site, 7 entre 10 franceses são contra as touradas. Mas, embora o Código Civil francês considere os animais como seres sencientes, capazes de sofrer, não há punição neste caso porque há a prerrogativa de invocar “tradição local”.
Protestos
Em fevereiro deste ano, uma explosão perto da Plaza de Toros La Santamaría, em Bogotá, na Colômbia, deixou uma pessoa morta e feriu pelo menos outras 30, a maioria delas policiais, pouco antes do início de uma manifestação contra as touradas.
Em Portugal, uma manifestação pacífica (foto) pede o fim das touradas no país e punição para os responsáveis. Já na Espanha, várias cidades estão proibindo a prática e cortando o subsídio para este tipo de “esporte”. Uma pesquisa apontou que 68% dos espanhóis são contra as touradas.
