Cartaz à prova de balas

02/05/2017

Controle de armas é uma coisa muito séria. Em países extremamente permissivos, como os EUA, massacres e franco-atiradores são comuns em shoppings, colégios e universidades. Ao longo dos anos, várias vozes se levantaram numa tentativa de promover ao menos um controle de quem compra – 50% das vendas legais não checam sequer antecedentes criminais, por exemplo. Esta semana o presidente Donald Trump se prepara para participar da convenção anual da poderosa Associação Nacional de Rifles (NRA) em Atlanta. Desde Ronald Reagan, em 1983, isso não acontecia. É uma retribuição aos US$ 30 milhões em doações recebidos durante sua campanha eleitoral.

Esta campanha da Ogilvy & Mather de  Chicago faz um contraponto oferecendo posters à prova de balas para que as pessoas possam recorrer, uma vez que as leis não as socorrem. A peça foi feita em apoio à Americans for Responsible Solutions (ARS), uma organização sem fins lucrativos fundada pela ex-congressista Gabrielle Giffords e seu marido, o astronauta Mark Kelly. Gabrielle Giffords foi uma das 20 pessoas baleadas de um tiroteio ocorrido em Tucson, que deixou seis mortos.

Neste caso, a mensagem do grupo é relativamente direta: cada venda de armas deve exigir verificações estritas de antecedente. A lei federal atual exige tais verificações somente quando a arma de fogo em questão é comprada de um revendedor licenciado (loja), com brechas para compras pela internet ou transações privadas entre indivíduos. O comunicado de imprensa da ARS diz que esta é uma das razões pelas quais os EUA têm os níveis mais altos de violência armada do que outras democracias.

Outras campanhas

Nos últimos anos, as agências de propaganda dos EUA criaram campanhas pro bono para  aumentar a conscientização do público e angariar apoio para iniciativas que ajudem a reduzir a violência armada, entre elas a premiada  Gun Shop  da Grey New York até Evan da BBDO,  para o grupo Sandy Hook Promise.