Já ouviram falar em Millie Dresselhaus? Pesquisadora do MIT, ela é uma das cientistas responsáveis pela era da nanotecnologia e é conhecida como a rainha do carbono. Há mais de 50 anos inventa técnicas inovadoras para estudar o elemento. Mas certamente você já ouviu falar nas Kardashians, certo? Pois é.
Na nova campanha da GE, Millie Dresselhaus, a primeira mulher a ganhar a Medalha Nacional de Ciência em Engenharia, é tratada como uma Kardashian. É fotografada, celebrada, seguida, inspiração para meninas que querem copiar seu estilo e têm bonecas com seus traços. A criação é da BBDO.
A campanha quer ajudar a inspirar mais meninas a se tornarem cientistas. A estratégia faz parte do plano audacioso da GE de empregar 20.000 mulheres em papéis STEM até 2020 e de ter 50/50 representação de gênero em todas ás áreas técnicas, incluindo pesquisa e desenvolvimento.
De acordo com uma pesquisa da GE, as mulheres compõem apenas 13% a 24% do mercado de TI e engenharia no mundo todo. E apenas 17% a 30% ocupam posições de chefia dentro das empresas. Os números mostram que as mulheres ainda estão sub-representadas em TI e engenharia.
Mulheres cientistas
Premiado pelos críticos e concorrendo ao Oscar, o filme “Estrelas além do tempo” já arrecadou US$ 100 milhões de bilheteria. O longa-metragem fala sobre as cientistas negras da Nasa fundamentais para que a agência americana recuperasse o terreno perdido para os soviéticos na corrida espacial durante a guerra fria. Mas até ir parar no cinema, pouca gente havia ouvido falar em Katherine Johnson, gênio da matemática responsável pelos cálculos que tornaram John Glenn o primeiro americano no espaço, Dorothy Vaughan, supervisora informal dos “computadores negros” (havia também uma ala de mulheres brancas trabalhando em cálculos) e Mary Johnson, que se tornou a primeira física negra da agência espacial.
A elas se somam Rosalind Franklin, Marie Curie, Valentina Tereshkova, Jane Goodall, Patricia Bath. Pioneiras e inventoras que fizeram grandes contribuições ao campo das ciências. Ao todo 50 mulheres cientistas fazem parte do livro Women in Science da ilustradora e designer Rachel Ignotofsky. A artista, que sempre foi apaixonada pelas ciências, apresenta também em seus desenhos objetos que remetem ao campo de pesquisa de cada uma das cientistas e descrições de alguns de seus grandes feitos. Veja abaixo algumas das ilustrações.

Marie Curie (1867 – 1934), física e química. Pioneira na pesquisa da radioatividade e vencedora de dois Prêmios Nobel, Marie foi responsável por descobrir dois elementos químicos (polônio e rádio).

Grace Hopper (1906 – 1932), analista de sistemas e cientista da computação. Inventora do primeiro compilador para uma linguagem de programação de computador, Grace foi pioneira na implementação de padrões de teste para sistemas de computadores.

Rosalind Franklin (1920 – 1958), química e cristalógrafa. Pioneira da biologia molecular, Rosalind é autora de estudos fundamentais sobre as estruturas moleculares de DNA, RNA, vírus, carvão e grafite, e foi responsável pela descoberta de que o DNA tinha forma helicoidal.

Jane Goodall (1934 – ), primatóloga, etóloga e antropóloga. Maior especialista do mundo em primatas, Jane foi responsável pela descoberta da linguagem e de ferramentas primatas. É mensageira da paz das Nações Unidas, ativista do direito dos animais e da preservação da vida selvagem.

Patricia Bath é uma oftalmologista inventora de um aparelho que tornou mais confortável e segura a cirurgia de catarata.

A paleontóloga Mary Anning (1799-1847) é conhecida pela descoberta do primeiro fóssil de ictiossauro, aos 12 anos de idade, na costa de Dorset, em um íngreme penhasco, com 5 metros de comprimento na Inglaterra.