O Natal do Frankestein

16/12/2016

Lá no topo de uma montanha, numa casa afastada da cidade, um solitário Frankestein está imerso em lembranças e do clima do Natal. Na parede, a foto da escritora Mary Shelley, a autora que criou o personagem, sugere que ele sente saudades de contato humano. Embora este seja um Frankestein bem diferente daquele do livro publicado em 1818. Ele é tecnológico e conectado, que usa iPhone 7 e McBook – afinal, esta é uma propaganda da Apple – e faz compras pela internet.

Quando chega pelo correio , a misteriosa encomenda o leva à cidade à noite onde todos os moradores estão reunidos em volta de uma enorme árvore de Natal. O desfecho é surpreendente e tocante. Como o próprio esforço do Frankestein em fazer parte daquela comunidade.

A reação inicial das pessoas, afinal, trata-se de um monstro, roto e meio sujo, é de espanto e medo. E até um certo sarcasmo. Mas como toda mensagem de Natal, foi concebido para comover até o mais frio dos corações. O slogan fala disso –  “abra o seu coração para todos” (open your heart to everyone) – e destaca a importância da empatia e da aceitação das diferenças. Mesmo quando o outro parece ser realmente ameaçador.

Dá para fazer uma analogia interessante com o momento atual onde há tanto preconceito em relação aos refugiados vindo de países islâmicos, por conta do terrorismo. Talvez, como no filme da Apple, tudo que a humanidade-Frankestein precise é de um pequeno passo para desarmar as barreiras entre as pessoas. O filme foi dirigido por Lance Acord da produtora Park Pictures. O ator Brad Garett interpreta Frankestein, que atuou filmes como Operação Babá e na série Everybody Loves Raymond.