A Black Friday, um festival de promoções e liquidações na última sexta-feira de novembro para aquecer as compras de Natal é uma tradição do mercado varejista nos EUA. E por aqui tem ganhado força nos últimos anos. Mas é preciso ficar de olho: as ofertas podem ser armadilhas. Especialmente nas compras pela internet. Preços aumentado mas anunciados como liquidação, pedidos que não são entregues, produtos de qualidade inferior vendidos como se fossem top de linha e nenhum atendimento na hora das reclamações. A maioria dos consumidores brasileiros já passou por alguma dessas situações. O alerta está na nova campanha do site de defesa do consumidor Reclame Aqui.
São quatro filmes bem-humorados que escancaram alguns dos golpes mais comuns de empresas inescrupulosas e como evitá-los. A criação é da agência Grey Brasil. É a primeira campanha de mídia paga do site, que está comemorando 15 anos no ar.
O conceito da campanha é “Quando você pesquisa, ninguém te engana”. O Reclame Aqui avisou que fará plantão para acompanhar as ofertas e as reclamações do consumidor. O site está monitorando 1.200 produtos e tem uma lista de empresas com uma boa reputação. A dica é dar preferência a elas. No site também é possível pesquisar a reputação das empresas e ver o que outros clientes falam dela (especialmente as queixas mais frequentes).
O número de reclamações na Black Friday apresentou queda de 63% no ano passado em relação a 2014, segundo levantamento do ReclameAqui. Foram 4,4 mil queixas, um terço do volume em 2014, quando foram registradas 12 mil.
Como funciona a Black Friday brasileira
No Brasil, a Black Friday é realizada desde 2011. A previsão para este ano é que as vendas na data alcancem cerca R$ 2 bilhões. “Diferentemente dos Estados Unidos, começamos com um evento online que passou para o varejo físico e, atualmente, a Black Friday brasileira atinge desde o pequeno até o grande varejista. Os lojistas entenderam essa concorrência e estão se preparando cada vez mais para a data com o intuito de atender à demanda e aos consumidores mais informados”, disse Ricardo Bove, diretor da Blackfriday.com.br, organizador da megapromoção, em entrevista ao G1.
Em 2015, o crescimento das vendas totais na Black Friday foi menor em comparação com o das demais edições, de 75%, abaixo da média de 100% dos anos anteriores, e neste ano a previsão é de aumento de apenas 30% ante o ano passado. Mas, para Bove, ainda será um ótimo resultado, já que o faturamento deve chegar a R$ 2 bilhões, ante os R$ 1,53 bilhões de 2015.