Hoje é o Dia Internacional das Meninas. No mundo todo elas passam de 1,1 bilhão. Mas a desigualdades e os desafios começam antes mesmo delas nascerem. Aliás, nascer pode ser uma realização, como mais fetos do sexo feminino são abortados do que do sexo masculino. Todos os anos, cerca de 300 mil mulheres morrem durante gravidez.
Ir para a escola também é outro obstáculo a vencer: em muitos lugares a educação ainda é considerada uma reserva masculina. Se uma família tiver poucos recursos, a formação dos meninos é sempre priorizada. De acordo com a UNESCO, o número de meninas que não consegue acesso à educação é o dobro do de meninos. A maioria consegue acessar apenas o ensino fundamental por motivos variados – trabalho, doenças, entraves culturais. Mas o pior deles é o casamento infantil. Uma em cada quatro meninas em todo o mundo se casam antes de fazer 18 anos (uma em cada três nos países mais pobres).
A agência das crianças, a Unicef, publicou números que mostram que as meninas entre 05 e 14 anos passam 40% mais tempo fazendo trabalho doméstico não remunerado do que os meninos –uma tendência que vai continuar na idade adulta. Se a menina conseguir chegar ao mercado de trabalho vai ganhar menos para fazer o mesmo trabalho que seus colegas do sexo masculino.
Objetivos do Milênio
Acabar com a discriminação contra as mulheres e meninas é o ítem 5 dos 17 Objetivos do Milênio, um compromisso formal assinado pelos líderes mundiais na ONU e devem ser alcançados até 2030. Entretanto, se continuarmos no ritmo atual de progresso, este objetivo demorar mais de 100 anos para conseguir. Com informações do The Guardian e da ONU Mulheres.