Hoje é o Dia Nacional de Transplantes de Órgãos. A campanha do Ministério da Saúde deste ano traz o conceito “Viver é uma grande conquista. Ajude mais pessoas a serem vencedoras”. Lançada este mês, durante as Paralimpíadas, é estrelada por atletas transplantados. No primeiro semestre deste ano, o país bateu recorde de doações, com 1.438 doadores, 7,4% a mais que no mesmo período em 2015.
As doações possibilitaram a realização de 12.091 transplantes entre janeiro e julho deste ano. De acordo com o Ministério da Saúde, cresceram o número de procedimentos de órgãos mais complexos como, por exemplo, pulmão, fígado e coração, que registraram aumento de 31%, 6% e 7%, respectivamente, em relação ao mesmo período no ano passado. Com o número recorde de doadores, o Brasil está muito perto da meta, que é 14,4 doadores por milhão de pessoas. O índice atual é 14 por milhão.
Embora o país tenha avançado muito nos últimos anos, a taxa de aceitação familiar foi de 56% nesse primeiro semestre. Isso significa que convencer as famílias a fazerem a doação ainda é um grande desafio. Mesmo assim, o Brasil possui a menor taxa de recusa familiar. Atualmente, 89% dos transplantes de órgãos sólidos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o país referência mundial no campo dos transplantes e maior sistema público do mundo.
No Brasil, a autorização para a doação de órgãos é concedida pelos familiares – daí a importância de avisar a família sobre essa decisão. A doação de órgãos acontece após a morte encefálica. A rede brasileira conta com Centrais Estaduais de Transplantes em todos os estados e DF, 494 Centros de Transplantes, 1.244 equipes de Transplantes e 72 Organizações de Procura de Órgãos. Desde 2010, houve aumento de 16% na quantidade de serviços habilitados pelo Ministério da Saúde para realizar transplantes no país, passando de 712 para 826.