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Intolerância religiosa

Pelo direito de acreditar (ou não acreditar)

As pessoas acreditavam em muita coisa. Os egípcios ergueram grandes estátuas de deuses-cachorro, os vikings louvavam divindades com martelos gigantes, os gregos negociavam seus destinos com os deuses, e, bem, o que dizer do bom velhinho que entrega presentes no Natal? O fato é que não interessa se eles existem mesmo ou não. Seres humanos acreditam em coisas diferentes, e é isso que os torna tão especiais e interessantes. É nosso dever aprender a conviver e respeitar com pensamentos e crenças diferentes. Afinal, você também quer ter o direito de acreditar – ou não – no que bem entender, né?

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No Brasil, quem acaba sofrendo mais com a intolerância religiosa são, principalmente, as religiões de matrizes africanas. Isso pode ser explicado pelo fato de que a maioria esmagadora da sociedade costuma seguir dogmas ocidentais – que fazem questão de demonizar diferentes culturas, especialmente as
africanas. Mesmo fazendo parte da história do País, as religiões africanas carregam toneladas de preconceitos, reforçados por expressões que se tornaram naturais, do tipo “chuta, que é macumba”. É importante tomar cuidado com o que se fala. Às vezes, reafirmamos preconceitos sem perceber. Então, da
próxima vez que o azar bater à sua porta, não é legal jogar a culpa no gato preto que cruzou seu caminho.

 

DADOS  COLETADOS NAS REDES SOCIAIS SOBRE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.

(ABRIL, MAIO E JUNHO DE 2016) MONITORAMENTO BY TORABIT

 

As proporções mostradas nesse mapa de calor não revelam necessariamente a real incidência da intolerância em relação à aparência no Brasil, já que ele também é afetado pela densidade de pessoas com acesso à internet no País.

 

 

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A intolerância religiosa é bem dividida em relação a invisível e visível, pois muitos dos comentários (53,8%) não possuem a intenção de ofender, mas acabam reforçando estigmas preconceituosos, como a frase “chuta, que é macumba”.

 

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A maior parte das menções é abstrata, isto é, não possui uma vítima em específico. A ofensa é destinada a um grupo de pessoas, não atingindo, na maioria das vezes, um indivíduo em particular.

 

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A maior parte das menções é intolerante, mesmo que invisível e abstrata. É expressiva a quantidade de menções neutras, 7,4%, mostrando que muitas pessoas comentam sobre o assunto, mesmo não mostrando posicionamento.

 

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A intolerância religiosa ainda não chegou forte no Brasil como é na Europa.Porém, registramos alguns focos importantes de disseminação intolerante sobre o tema, principalmente entre a religião evangélica e as religiões africanas.

Os pontos de conexões não analisados tiveram suas menções de origem apagados pelas redes sociais, devido seu teor ofensivo antes da nossa captura.

 

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No segundo período, confirmamos nosso primeiro mapa, afirmando o cenário avulso e aleatório dos comentários intolerantes com religiões e destacando a maior incidência de comentários contra a religião evangélica.

Os pontos de conexões não analisados tiveram suas menções de origem apagados pelas redes sociais, devido seu teor ofensivo antes da nossa captura.

 

 

 

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