Presidiários têm mais tempo ao ar livre que crianças
Estudo feito pela OMO em 10 países, entre eles o Brasil, revela que uma em cada duas crianças passam menos de uma hora por dia brincando ao ar livre. Uma em cada dez nunca brinca ao ar livre. Ou seja, a maioria desse público infantil tem menos tempo ao ar livre do que condenados de uma prisão de segurança máxima, que podem passar certa de duas horas ao ar livre todos os dias. A nova campanha mundial da marca, Libertem as Crianças, vem como o alerta sobre esse verdadeiro atentado à infância.
A principal peça é um documentário filmado em uma prisão de segurança máxima, a Wabash Correctional Facility, em Indiana, nos EUA. (Assista o making of de Free the kids). A criação é da MullenLowe Londres, com direção global do brasileiro Alexandre Okada, e dirigido pelo cineasta Toby Dye, da RSA Films.
No filme, os presidiários expressam a importância do seu tempo ao ar livre para em seguida serem surpreendidos com a informação de que eles têm mais tempo fora do que as crianças. A reação é altamente emocional. A campanha faz parte da estratégia Se sujar faz bem de OMO, que já tem mais de dez anos. A marca também lançou o movimento #LivreParaDescobrir e no site tem dicas de atividades e brincadeiras para as crianças.
O Estudo
Foram entrevistados mais de 12 mil pais de crianças entre 05 e 12 anos em 10 países. Eles contaram o que acham da brincadeira ao ar livre e a rotina dos seus filhos. O estudo foi feito por Edelman Berland, agência independente de pesquisa de marketing. Levantamento realizado entre fevereiro e março de 2016 nos EUA, Brasil, Reino Unido, Turquia, Portugal, África do Sul, Vietnã, China, Indonésia e Índia. As principais descobertas (leia mais aqui):
A maioria das crianças não sai para brincar ao ar livre. Segundo a pesquisa, nos 10 países participantes, 56% das crianças passa uma hora ou menos brincando ao ar livre. Uma em cada 5 crianças passa 30 minutos ou menos ao ar livre; e uma em cada 10 nunca brinca ao ar livre. Em todos os países pesquisados, as crianças passam 50% a mais do seu tempo brincando em frente às telas dos eletrônicos do que ao ar livre.
Os pais entendem que isso é um problema. Dois terços dos pais admitem que seus filhos brincam menos ao ar livre do que sua própria geração. A maioria dos pais (56%) ao redor do mundo concorda que é preciso reequilibrar a rotina das crianças para fazer com que as brincadeiras que trazem benefícios para o crescimento possam acontecer – e 93% deles acredita brincar menos ao ar livre afeta o aprendizado dos filhos.