Silêncio ensurdecedor
Duas doenças que viraram epidemia e mataram milhões no século passado até serem controladas pela medicina. Agora, silenciosamente, uma delas está voltando à mesma letalidade de antes da invenção da penicilina: a tuberculose já mata mais que a AIDS, especialmente crianças.
A Organização Mundial de Saúde estima que em 10 milhões de novos casos de tuberculose por ano, sendo 1,5 milhões deles fatais. Em 2015, ela se tornou a doença infecciosa mais mortal no mundo, superando a AIDS. Por ser uma doença que pode ser prevenida, diagnosticada e tratada, é assustador saber que mata 1 criança a cada 4 minutos. Ainda assim, a tuberculose continua não recebendo a atenção que merece.
A tosse pode ser bem alta, mas a tuberculose mal cuidada pode se transformar em um assassino silencioso. A mensagem da campanha #LouderthanTB é precisa. Numa época de antibióticos, a doença não assusta mais. Pior: muitas vezes é confundida com outras doenças ou uma gripe forte. Lançado no Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24/3), o filme é um grito de alerta da Comunidade Mundial de Saúde. A estratégia também mira nas autoridades de saúde de todo o mundo. O nível de investimento atual é considerado bastante inadequado: para acabar com a tuberculose são necessários cerca de $ 56 bilhões de dólares até 2020. A criação é da FCB Health.
“Nenhuma criança deveria morrer de tuberculose. Ela pode ser prevenida, diagnosticada, e curada. Mas, muitas vezes, essas crianças continuam esquecidas. É hora de mudar isso.Uma criança com tuberculose precisa ter uma voz. E é hora de darmos isso à ela“, diz o site da campanha. O site lembra que se queremos acabar com esta epidemia global, é preciso desenvolver sistemas de saúde que reconhecem todas as crianças em risco e que assegurem um acesso rápido a um atendimento adequado.