Paquera x Assédio

01/02/2016

 

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O assédio sexual, nas mais diferentes formas, é realidade no dia a dia da mulher em qualquer lugar e horário. Mas no carnaval, comportamentos abusivos – como beijos forçados e mãos bobas sem consentimento – se tornam ainda mais evidentes sob a desculpa do clima de descontração e azaração. Acontece que o carnaval não torna o corpo de nenhuma mulher público, certo?

Por incrível que pareça, muitos homens ainda precisam aprender a curtir o carnaval e entender a diferença entre uma paquera e um ato de assédio. E para mostrar que, diferente da paquera, as investidas sem consentimento não tem vez no carnaval, a Revista AzMina, em parceria com o Catraca Livre, lançou o Guia prático e didático da diferença entre Paquera x Assédio (acima). Neste guia são destacadas 10 dicas para esses homens entenderem a diferença entre um flerte e de um abuso para que eles “não sejam  canalhas neste carnaval”.

Entre essas dicas, o guia lembra que um “não” nem sempre é verbal. “Isso não quer dizer que o ‘não’ não esteja lá. A gente desvia o olhar, se esquiva do toque, se afasta da aproximação ou só ignora a existência do cara mesmo“, alerta o guia, que em seguida destaca que os homens são espertos o suficiente para entender esses sinais. “Quem finge que não sabe é assediador”, conclui.

A criação do guia às vésperas do carnaval faz parte da campanha #CarnavalSemAssédio, que busca abrir um diálogo nas redes sociais sobre os essas formas de abuso muitas vezes camufladas durante a folia.  O ‪#‎CarnavalSemAssédio‬ é uma campanha idealizado pela revista AzMina e o Catraca Livre, em parceria com o movimento ‪#‎AgoraÉQueSãoElas‬, o Bloco Mulheres Rodadas,a arquiteta e urbanista Marília Ferrari e a advogada de direitos humanos Andrea Florence.  Ao site EBC, a diretora-executiva da Revista AzMina, Nana Queiroz, explica que a campanha se trata de um grito por mudança.  “A campanha é uma parceria entre várias mulheres incríveis de vários grupos e coletivos que cansaram de ter que passar raiva e medo durante o Carnaval e decidiram agir. Nós não queremos mais dançar olhando pros lados para ver se alguém vai pegar na nossa bunda sem permissão”, afirma Nana.

Assim como o guia, a campanha contará com com ações nas ruas durante a semana de carnaval como a a distribuição de apitos para denunciar assediadores e grupos de mulheres que vão juntas para os blocos para protegerem umas as outras. Além dessas ações, a campanha contará com o apoio de diversos blocos de carnaval que tomarão as ruas do carnaval do Rio de Janeiro. Na última sexta-feira (29 de janeiro), o Bloco das Mulheres Rodadas saiu às ruas da Lapa para divulgar sua mensagem pelo fim do assédio na folia. “Somos um megafone descontraído buscando fortalecer as mulheres e garantir o direito de todas de rodar”, afirma uma das participantes do bloco.

Confira os outros blocos blocos e coletivos que apoiam a luta por um #CarnavalSemAssédio:

Bloco Primavera, Te Amo.

Nossa casa Confraria das Ideias.
Bloco Planta na Mente

Bloco da Farofa Aquática.
Bloco Ilú Obá De Min.

Bloco Saia de Chita.